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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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26 de janeiro de 2011

Teresópolis - Tragédia na região serrana - Ajuda em Santa Rita


Equipe de apoio e rastreamento - Distrito de Santa Rita/Teresópolis

Estamos em Teresópolis, uma das cidades atingidas pelas chuvas, preparando matéria para publicar no blog. Neste post vamos apenas colocar algumas imagens da zona rural da cidade. Estou fazendo parte de uma equipe de resgate composta de vários voluntários, com funções divercificada: resgate de moradores isolados, localizar corpos, ajuda médica, resgate de animais com traumas fisicos ou perdidos, apoio psicológico aos sobreviventes, envio de alimentos e água, bem como, orientação sobre o não consumo de alimentos e animais  que tiveram contato com as águas da enchente ou deslizamentos, sobre tudo, hortaliças e animais (exemplo: galinhas, suínos, caprinos e outros), de produção.
Equipe formada, veja abaixo:

GRBS - Comandante Santos e seus comandados: Geísa Macedo, Marcilio Cardoso, Gian Carlo, Jorge Natalino e Jonatham (resgate e apoio ao grupo):
CRUZ VERMELHA/RJ: João Felix (resgate e ajuda aos animais);
DEFESA CIVIL de Queimados: Alex Groetars e André Faria (resgate de sobreviventes) ;
DIR. GRUPO DE ESCOTEIROS DE DUQUE DE CAXIAS: Angelo Brasil;
Equipe médica e enfermagem e voluntários de apoio de Teresópolis: Sete integrantes (atendimento médico e psicológico);
EQUIPE DO EXÉRCITO: Sete integrantes (transporte da equipe e segurança):

Nota: enviamos esse material (imagens) usando notebook com conexão em 3G, por colaboração de Patricia, voluntária e moradora da região. Veja abaixo as imagens:

A chegada do grupo em Santa Rita

No detalhe: Comandante Santos, lider do grupo GRBS

Assim estava Santa Rita - Área de moradores e produtores agrícola


Aqui existia plantio de hortaliças - Santa Rita

A jornada do grupo

Zona rural, o encontro da tragédia

Área de produção agrícola de Santa Rita

Como membro do grupo - Minha chegada ao haras da fazenda Santa Rita

 
Durante as jornadas do grupo, como voluntário, essa era a minha missão, localizar animais e comunicar as equipes de veterinários

Famintos, doentes e desorientados, muitos animais continuam a espera de ajuda.

 
Apoio do GRBS no resgate de animais perdidos na região

Em Santa Rita muitas áreas de produção de hortaliças estão assim abandonadas pelo isolamento da região


Atendimento médico aos agricultores isolados

Foto de Angelo Brasil - Sobrevoo de aeronave em área agricola isolada.






23 de janeiro de 2011

Sumidouro - Tragédia na região serrana - Ajuda ao Distrito Dona Mariana


Hoje (23/01/2011), assistindo o programa Globo Rural, dos conteúdos do programa, o que mais nos chamou atenção, foi à abertura, onde dizia: “A natureza sempre surpreendeu. O que podemos fazer é não agravar as condições que facilitem os desastres. A natureza sempre surpreendeu os sábios, os cientistas, os políticos e os profetas”.
E como estamos preparando o nosso histórico de nossa contribuição como voluntário na tragédia da região serrana do Rio de Janeiro, para publicar em nosso blog, o que vem mais nos surpreendendo, são a forma como a catástrofe vem sendo tratada pelos políticos. Pelo o que nos ocorre e surpreende mesmo, são suas atitudes e mentiras. Não sei porque ou qual intenção em esconder a real situação daquele povo sofrido da região serrana. Não sei como “eles” tem a coragem e a cara de pau de posar para as câmaras e lentes fotográficas e dizer que recuperaram as áreas devastadas.
Estamos verificando os dados demográficos (IBGE 2010) dos municípios afetados, sobretudo, das áreas rurais. A coisa é tão complicada de entender e opinar, que temos receio em descrever aqui o que vimos por lá. Só pra se ter ideia, nas áreas rurais, a maioria são meeiros ou empregados nas atividades da agropecuária e de agricultura familiar. Dos que sobreviveram, a maioria perderam suas produções ou não há forma de escoar seus produtos. Com o comprometimento das estradas e da fertilidade do solo, que com certeza, lavará anos para recuperar (ou nunca), terão ainda, a preocupação de pagar os seus financiamentos, pois a única solução encontrada no momento é a prorrogação para 180 dias a partir da data de vencimento das operações. Estima-se em 913 o número de agricultores abrangidos pela medida, os números são “furados”. Gostaria de saber qual a mágica que os atingidos farão para cumprir isso, diante da catástrofe. E para os mortos e desaparecidos, qual é a proposta? Ficarão com dividas?
Então para tentar intender “a magica” dos políticos, começaremos mostrando imagens do Município de Sumidouro, que “tinha” 14.920 habitantes, que “tinha” 9.462 na zona rural, que significava 63,42% da população (IBGE 2010). As equipes de resgate tiveram dificuldade de chegar aos distritos de Campinas, Santo André, Dona Mariana e Simões. A nossa não conseguiu chegar ao Dona Mariana (o mais afetado), enquanto isso, não muito longe de nossa equipe, caía um helicóptero do Exercito.

Vejam abaixo as imagens e reflitam:

Estrada de acesso ao distrito de Dona Mariana

Foto de Angelo Brasil: Área rural de Sumidouro (Dona Mariana)

Foto de Angelo Brasil: Escola as escura (abrigo aos sobreviventes e desabrigados)

Foto de Angelo Brasil: Área rural de Sumidouro

Foto de Angelo Brasil: Área rural de Sumidouro

Foto de Angelo Brasil: Área rural de Sumidouro (Dona Mariana)

16 de janeiro de 2011

Seja um voluntário da Cruz Vermelha


Foto: Caminhão sendo abastecido com donativos para Nova Friburgo - Sede da Cruz Vermelha - Rio

Fomos até a Sede da Cruz Vermelha no centro do Rio para entregar alguns donativos e lá chegando, integramo-nos as equipes de voluntários. Notamos que os donativos que chegam a todo o instante não são suficientes, mesmo que nossa impressão fosse de grandes proporções. A quantidade de caminhões também não é suficiente para levar os donativos até as cidades atingidas.
Apuramos em conversa com outros voluntários que chegam dessas áreas em seus próprios veículos (para pegar donativos), que à medida que as equipes de resgate avançam por áreas devastadas pelas chuvas, a tragédia na região serrana do Rio ganha contornos ainda mais dramáticos. São mais de 8 mil desalojados (retirados de suas casas) e mais de 6 mil desabrigados (que perderam suas casas). Eles afirmam que estes números ainda podem crescer drasticamente nos próximos dias, diante das dificuldades de avanço de equipes de socorro para as áreas rurais que estão totalmente isoladas e sem ajuda.

Fonte: Foto do Site da Cruz Vermelha - Área rural devastada

Emboramente a prioridade de resgate e ajuda está direcionada as vitimas humanas, principalmente a procura de corpos, o número de animais abandonados e feridos são assustadores, relatam eles, a quantidade de ração e medicamentos veterinários não é suficiente e precisa de profissionais voluntários para atuar neste setor, pois muitos animais podem estar doentes e contaminados e precisam ser vacinados. Outro risco é o abate de alguns animais de produção para consumo, uma vez que, com a falta de alimentos em áreas isoladas e que é tardia a ajuda, fatalmente esses animais serão utilizados, tendo em vista que muitos desses animais servem para a subsistência das famílias, como fonte de alimentação.

Com o cadastramento como voluntario, iremos integrar na próxima quarta-feira (19/01) a equipe que será formada para atuar exclusivamente para este fim, para possível resgate de animais, alimentação, vacinação e orientação aos desabrigados para que não consumam animais com a sanidade comprometida. As equipes serão compostas de Veterinários, Zootecnistas e Técnicos das áreas de Agropecuária, Agrícola e de Meio Ambiente.





15 de janeiro de 2011

Áreas rurais. A tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro

Fonte: foto do blog do Amaral
Em solidariedade aos familiares, sobreviventes e vitimas atingidas pelos deslizamentos provocados pelas fortes chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro, deixaremos de publicar este mês, assuntos relacionados às áreas rurais agrícolas de Minas Gerais, por ocasião de nossa visita aos municípios de Sabará, Santa Luzia e Taquaraçu de Minas. Os assuntos previstos são: culinária e cultura do Ora-pro-nobis, qualidade do leite e seus derivados em pequenas propriedades, falta de orientação técnica por parte das secretarias municipais e o desconhecimento da legislação e benefícios nas ações sociais do governo federal.
Acompanharemos ações de resgates nas áreas rurais atingidas, como: Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Sumidouro. Transcreveremos notícias e imagens dessas localidades, bem como, citaremos as fontes de informações dessas ações.
Cabe esclarecer, que este blog não tem o perfil de noticiar assuntos que não sejam de interesse estudantil, de formação técnica e relacionada à agropecuária e agroecologia. Mais, diante da catástrofe ocorrida, é interesse noticiar os acontecimentos das áreas exclusivamente agrícolas que foram destruídas, onde residem e trabalham pequenos agricultores, da agricultura familiar, e principalmente, profissionais que atuam ou que estavam estagiando nas atividades da agropecuária e que precisam de ajuda e orientação.

Nesse momento, toda a ajuda é bem vinda e todas as ações são prioritárias. O que deve ser feito, é o encaminhamento de equipes especializadas, exclusivamente para estas áreas, pois, só a agricultura familiar da Região Serrana, somam 17 mil produtores que sobrevivem da atividade e movimentam cerca de R$ 850 milhões por ano, por tanto, não podem ser esquecidos.






6 de janeiro de 2011

Presépio do Pipiripau

Deixamos de publicar alguns assuntos importantes aqui prometidos em 2010, tais como: Acidentes com tratores, Segurança no Trabalho em áreas rurais e as Normas Reguladoras; que mereceu pesquisa mais aprofundada e discussão com técnicos e professores especializados, bem como, comentar sobre a enquete postada neste blog sobre o assunto. Em nossas andanças, aproveitamos para fazer algumas visitas técnicas, buscando assuntos que pudece ser de interesse aos nossos leitores para 2011, como: Plantas medicinais, Qualidade do leite em pequenas propriedades e a falta de orientação técnica e apoio das Secretarias de Agricultura em pequenos municípios para pequenos produtores.
Visitamos a UFMG (Universidade Federal de Minais Gerais), e para nosso interesse, fotografamos, fizemos leituras de algumas obras de interesse técnico e conhecimento em todos os setores: canteiros de ervas medicinais e aromáticos, solo, adubação, sementes diversas, plantas raras e em extinção, entre outras.
Nessa visita, pudemos apreciar obras e achados importantes da mineração, história da colonização e a diversidade cultural do povo mineiro, tudo localizado e bem organizado no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG.
E entre tudo lá exposto, encontramos uma obra prima, que não podemos deixar de comentar, que é o PRESÉPIO DO PIPIRIPAU, construído a partir de 1906 por Raimundo Machado de Azevedo (foto 2) que revela a singeleza característica dos presépios mineiros. O Presépio do Pipiripau, segundo informações do monitor que nos acompanhou, retrata 45 cenas da vida de Cristo, nas quais 580 figuras se movem e retrata muito da vida cotidiana de Belo Horizonte ao longo das primeiras décadas do séc. XX. Devido a seu enfoque cultural e religioso, além da técnica e arte adotadas, foi tombado em 1984 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O seu autor (artista), mineiro de Matozinhos, nasceu em 1894 e foi casado com Ermenegilda Machado, com quem teve nove filhos. O senhor Raimundo, estudou pouco, apenas o Curso Primário, foi balconista e funcionário da Prefeitura de BH e da Central do Brasil. Obteve o ofício e experiência na área de mecânica. Prestou serviços a Empresa de Engenharia Gravatá e aposentou-se em 1960 pela Imprensa Oficial. Raimundo Machado de Azevedo, mesmo criado em ambiente simples e religioso, desde menino tinha fascínio pelos presépios montados durante o natal.

O Presépio do Pipiripau é uma belíssima obra de arte. Vale apena conferir.

23 de novembro de 2010

CTUR – Gabarito das provas/2011

Em atenção aos inúmeros e-mails recebidos, cabe-nos responder e esclarecer que a divulgação oficial do gabarito das provas do Concurso de Seleção/2011 do CTUR/RuralRJ é competência exclusiva da instituição.
Como ex-aluno e colaborador, postamos e divulgamos gabaritos e resultados em nosso blog após a divulgação oficial da instituição, o intuito é enriquecer este site e colaborar com os candidatos participantes. Conforme Edital, a divulgação dos resultados será a partir de 03 de janeiro de 2011. Serão divulgadas as notas das provas na sede do Colégio Técnico (CTUR) e na Internet.
Caso os candidatos desejar revisão das notas das provas, devem procurar a secretaria do Colégio, no dia 05 de janeiro de 2011 a partir das 08:00 às 11:30 horas e das 13:00 às 16:30 horas. O candidato interessado na revisão das notas deverá preencher um requerimento próprio, devidamente justificado, disponível na secretaria do Colégio. As notas finais poderão ser modificadas em decorrência da revisão. A relação de classificados no Concurso será divulgada, a partir das 10:00 horas, no dia 07 de janeiro de 2011.

 
O Edital - Disponivel em:
http://www.ctur.ufrrj.br/CONCURSO%202011/Documentos/EDITAL%20CTUR%202010-2011.pdf

20 de novembro de 2010

Caprino Saanen - Oportunidade


Para quem já está na atividade da caprinocultura (leite e corte) que desejam renovar o plantel ou que desejam iniciar a atividade, uma ótima oportunidade, principalmente para criadores do Rio de Janeiro. A Fazenda Terra Verde, localizada em Belvedere/RJ, disponibiliza belissimos animais da Raça Saanen e mestiços de Saanem x Parda Alpina, com excelentes preços. Alguns desses animais estão com chifres e dentre eles alguns reprodutores. Aproveitem é um ótimo negócio!

Para quem se interessar e desejar saber mais informações, deve enviar e-mail para:
fazendaterraverde@gmail.com

2 de outubro de 2010

Trotes e trote, os bichos receberão os “bixos”


Inicia nas instituições de ensino as inscrições para os concursos de seleção e posteriormente o ingresso de novos alunos para 2011. Apesar das proibições, iniciar-se também os trotes. Apesar das tradições estudantis, a cada ano letivo fica provado que o trote é um crime bárbaro e uma fraqueza de espírito para quem pratica ou apóia, muitas das vezes as conseqüências são catastróficas. Denominar o calouro de “bixo” (ou bixete, se for mulher), não parece querer indicar "que o calouro deve ser humilhado a ponto de nem mesmo merecer que a palavra “bicho” seja escrita corretamente" (Zuin, 2002, p. 44).
Pelos menos se esses que praticam, soubessem distinguir a palavra trote, talvez não o fizessem. Segundo Aurélio, o trote é “a andadura natural das cavalgaduras, entre o passo ordinário e o galope, e que se caracteriza pelas batidas regulamente espaçadas das patas”, (feito elegantemente pelos eqüídeos), ou também, “a zombaria a que os veteranos das escolas sujeitam os calouros”, este último, praticado pelos os fracos de espírito, com suas próprias patas e de forma deselegante na hora de receber os novos colegas.
Muitas instituições estudantis, já começaram a divulgar os seus calendários de inscrições para os concursos de seleção, portanto, também é chegada a hora, de se fazer campanhas de orientação para que a prática do trote não se realizem, deixando claro, que mesmo os que estão prestes a se formarem, não pratiquem, pois poderão se expulsos.
Há muito tempo a violência no universo estudantil tem sido um traço característico das relações escolares. Entretanto, seu foco era direcionado ora para a violência contra a escola e ou seus governantes (No Brasil, as manifestações da juventude estudantil provocaram uma série de mudanças culturais no seio da sociedade.), ora para os próprios pares (como nos trotes) e coisas banais (Como a revolução estudantil de maio de 68, quando o reitor da universidade de Nanterre proibiu os rapazes de visitar as moças em seus dormitórios).
A origem dos trotes estudantis é incerta; porém, existem registros de sua ocorrência na Idade Média. Um dos documentos mais antigos desse tipo data de 1342 e refere-se à Universidade de Paris. Nas instituições européias, era comum separar os novatos dos veteranos. Aos novos alunos era negada a possibilidade de assistir às aulas junto com os demais, no interior das salas: eles eram obrigados a se dirigir aos vestíbulos (pátios de acesso ao prédio) – daí o uso do termo vestibulando para identificar aqueles que estão prestes a entrar para a universidade ou colégios de aplicação.
Sob a alegação de profilaxia e necessidade de manter a higiene, os novatos tinham a cabeça raspada e, na maioria das vezes, suas roupas eram queimadas. Essa prática, no entanto, logo se converteu numa espécie de culto à humilhação. Com o tempo, os trotes ganharam ainda mais requintes de crueldades. Foram registrados, sobretudo, nas universidades de Heidelberg (Alemanha), Bolonha (Itália) e Paris (França), situações em que os calouros eram obrigados pelos veteranos a beber urina e a comer excrementos antes de serem declarados “domesticados”. Domesticados! Não seriam "eles os bichos?

23 de setembro de 2010

Segurança do trabalho nas áreas rurais (NRs) - Parte I

As máquinas


Para iniciar a nossa série de postagem sobre as NRs (Normas Regulamentadoras), queremos aqui esclarecer que os assuntos são resumos de nossas pesquisas e estudos. Logicamente será de forma simplificada e resumida, pois não temos especialização especifica. Na verdade, todos os conteúdos são partes de nossa preocupação com legislação e a complementação de nossos conhecimentos, que outrora nos faltou, ou simplesmente, não foram abordados nos conteúdos dados na época em que éramos aluno do CTUR/UFRRJ. Sabemos que tal matéria fazia parte da grade curricular, no entanto, podemos confessar aqui, que na disciplina Gestão e Legislação pouco foi assimilado sobre a matéria (falavam-se tudo, menos do que se interessava).
Na disciplina Mecanização Agrícola, na parte prática, tudo se aprendeu sobre o funcionamento das maquinas e seus implementos, emboramente a segurança do trabalho e suas normas regulamentadoras não tenham sido abordados, talvez, por serem disciplinas distintas e módulos curtos. .
Em nossas pesquisas, chegamos a conclusão que quando se estuda a relação homem-máquina na área rural, o trator ocupa uma posição de destaque. A frota brasileira de tratores não está projetada de acordo com as necessidades do trabalhador, mais sim, com as do trabalho. O tratorista tem que, ao mesmo tempo, controlar os implementos e manter o trator alinhado, enquanto é submetido, durante horas, ao sol, à chuva, ao frio, à poeira e fumaça do escapamento, além de um nível de ruído e vibrações desumanos (VITÓRIA, 2000).
Segundo Leonardo de Almeida Monteiro, o antigo conceito de tratorista, aquele operário que somente dirigia o trator, está totalmente ultrapassado. Alguns anos atrás essa filosofia foi substituída pelo operador de máquinas, atribuindo a esse profissional não somente a função de movimentar o trator, mas também fazê-lo de forma correta, consciente e segura. Embora haja pouca informação e raros trabalhos de pesquisa nesta área, não é difícil se verificar na prática a importância dos acidentes de trabalho envolvendo tratores agrícolas, o que pode ser comprovado pela elevada frequência e gravidade dos mesmos.
Não só os acidentes, mais também as doenças são fatores preocupantes quando se trata da segurança do trabalho (ruídos, movimentos repetitivos, limites físicos, etc.). Alguns autores citam o termo Ergonomia, que é a definição do estudo da adaptação do trabalho ao homem. Não vamos entrar no mérito, o assunto é complexo e antigo, devemos entender apenas os conceitos básicos: que a ergonomia é capaz de dar sustentação positiva às formas de administrar a produção e diminuir a incidência de acidentes e traumas oriundos do trabalho (COUTO,1996). O médico italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714) foi o primeiro a escrever sobre doenças e lesões relacionadas ao trabalho, em sua publicação de 1700 "De Morbis Artificum" (Doenças ocupacionais). O que consta é que ele, na época, foi discriminado por seus colegas médicos por visitar os locais de trabalho de seus pacientes a fim de identificar as causas de seus problemas. Na Inglaterra em 1949, a Ergonomics Research Society (Sociedade de Pesquisa em Ergonomia) definiu Ergonomia, como o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução de problemas surgidos desse relacionamento. De acordo com Schlosser e Debiasi (2002), os conhecimentos sobre ergonomia provocaram novos conceitos, os quais levaram os fabricantes a oferecer modelos de tratores com maior conforto e segurança, no sentido de localização de comandos e instrumentos.
Quanto as NRs, não é oportuno a extensão do “lecionamento” apenas em nível superior, pois os que operam as “máquinas”, a maioria está na escala secundária de conhecimentos. É fato, de que alunos de escolas agrotécnicas, adquiram apenas alguns fundamentos básicos de inúmeras matérias, dentre elas, a mecanização agrícola. É fato também, que muitos completam apenas os módulos de seu interesse e não chegam a completar os cursos, ou simplesmente, depois de formados, irão trabalhar em empresas ou propriedades rurais, sem os conhecimentos básicos sobre a segurança do trabalho, muitos até, sem oportunidades, trabalham sem o devido registro profissional.

Isso é o que iremos abordar em nossas próximas postagens. Na barra lateral do blog (esquerda), tem uma enquete sobre o assunto e divulgaremos os resultados após a ultima postagem.

Para os leitores e seguidores do blog, iremos disponibilizar (em PDF) o livro PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM TRATORES AGRÍCOLAS E FLORESTAIS, organizado pelo Professor Leonardo de Almeida Monteiro da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça e outros de várias instituições de ensino superior.
Para receber, envie e-mail para tecnicoemagropecuaria_blog@hotmail.com .

No e-mail diga a sua escola onde estuda ou empresa que trabalha como técnico.

22 de setembro de 2010

Dia do Técnico Agropecuário, parabéns para todos


Em 1812, foi criado o primeiro Curso de Agricultura no Brasil (na Bahia). Inicialmente no jardim Botânico tendo o Professor Domingos Borges de Barros ministrado os estudos de botânica e agricultura no Curso de Filosofia.
Em 1877, cria-se a Primeira divisão de níveis educacionais, elementar (operários e regentes) superior (veterinários, agrônomos e engenheiros).
Em 1890, vem a Primeira grande reforma no ensino, promovida por Benjamin Constant.
Em 1909, o governo de Nilo Peçanha através do Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909 criou a rede nacional de formação de profissionais de nível técnico no Brasil.
Hoje, temos a Lei nº 11.940, de 2009, onde estabelece o dia 23 de setembro como Dia Nacional dos Profissionais de Nível Técnico e declara o ano de 2009, como Ano da Educação Profissional e Tecnológica no Brasil.

TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA - ÁREA DE ATUAÇÃO
-  Em institutos e empresas de pesquisa e desenvolvimento: Prestar assistência técnica no desenvolvimento de projetos tecnológicos agropecuários;
-  Em empresas que prestam assessoria e acompanhamento agropecuário: Desenvolve programas de nutrição e manejo alimentar em projetos zootécnicos;
- Em empresas e indústrias que atuam no complexo agroindustrial: Adquirir, preparar, transformar, conservar e armazenar matéria-prima e produtos agroindustriais;
- No desenvolvimento de empreendimentos agrícolas próprios: Cultivar sistemas e plantios abertos ou protegidos, produzir mudas (viveiros) e sementes;
- Planejamento de ações referentes aos tratos das culturas: Planejar e acompanhar a colheita e a pós-colheita, elaborar projetos topográficos e de impacto ambiental, prestar assistência técnica e atuar na administração rural.

COMPETÊNCIA TÉCNICA
O Profissional em Agropecuária deverá desenvolver e aplicar, com senso de julgamento e ética, as habilidades, informações e conhecimento das condições locais e regionais, o domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna, buscando uma exploração e gerenciamento dos recursos naturais de forma não impactante, com competências que venham a favorecer um permanente aprimoramento profissional e acompanhamento das mudanças freqüentes e desenvolvimento no cenário agrícola, com vistas à qualidade e a sustentabilidade econômica, ambiental e social.

MERCADO DE TRABALHO
O técnico em agropecuária exerce atividades tanto na Zootecnia quanto na agricultura. Por isso, trata-se de um profissional altamente versátil. Após a formação e devidamente registrado nos CREAs, o profissional está qualificado para atuar nas seguintes áreas: Olericultura, Culturas Anuais, Culturas Perenes, Avicultura, Cunicultura, Caprinocultura, Apicultura, Suinocultura e Bovinocultura

Parabenizamos todos os colegas Técnicos Agropecuários, que com seu trabalho contribuem para a saúde da população e para o equilíbrio do meio ambiente.

9 de setembro de 2010

Chegamos a 50 mil visitas! Agradeço todos os visitantes, seguidores e leitores que de alguma forma colaboraram. Aumenta a nossa responsabilidade para as próximas postagens.

28 de agosto de 2010

Mecanização - Acidentes com tratores agrícolas (N.R)


Dentre os e-mails recebidos e comentários sobre as nossas postagens, um deles nos chamou atenção. Na mensagem, o leitor (seguidor) perguntava sobre as normas regulamentadoras para acidentes em áreas rurais, sobre tudo, com tratores agrícolas (máquinas em geral). O que nos deixou na dúvida é se o autor da mensagem era técnico formado em agropecuária, aluno ou profissional já “habilitado” que não tenha passado em estabelecimento de ensino agrotécnico. Essa mensagem nos fez lembrar um fato ocorrido em aula de mecanização, quando aluno do CTUR, que não teve maiores proporções, se não um susto, para a colega de turma na ocasião, apenas motivos de risos, pois sem se saber como, com um microtrator, conhecido como tobata, ela quase arrancou a baliza do campinho de futebol do colégio.
Confesso que fiquei sem resposta para o leitor de nosso blog, pois todos os assuntos aqui abordados, são de fontes de pesquisas, dos conteúdos de aulas e como técnico formado, e a mecanização pouco abordei nas postagens. Logicamente, a habilidade vem em função da prática, e nesse contexto, não me sinto apto a fazer considerações, pois foi uma área que pouco atuei como técnico. O que posso afirmar, é que o conhecimento da legislação é de muitíssima importância e sempre, incansavelmente, me preocupei com o que preceitua as leis. Lembro de todos os conteúdos de mecanização abordados pelo professor, além das aulas práticas, o que não lembro, foi à abordagem na questão das normas regulamentadoras para essa área, especificamente, sobre segurança com máquinas agrícolas.
Para a resposta do leitor do blog, simplesmente agradeci pelo assunto abordado e coloquei na resposta apenas o que tenho em literaturas e escritos de vários autores, e a falta de atenção foi considerada uma das principais responsáveis pelos acidentes. Os autores citam também como causas principais, a perda de controle em atividades de declive, operação do trator em condições extremas, permissão de carona e a ausência de proteção da partes ativas do operador, inclusive o desconhecimento do manual de instruções da máquina operada.

Aula de mecanização - CTUR 2006

Em estudos realizados, ficou provado estatisticamente que, entre os jovens menores de 16 anos e os idosos maiores de 65 anos de idade, ocorrem à maioria dos acidentes com equipamentos agrícolas e isso e motivo de preocupação, pois muitos alunos de estabelecimentos de ensino agrícola estão na faixa dos 16 anos, bem como, funcionários na faixa dos 60 anos circulam nas estradas fora do campus das instituições e isso é preocupante.
Isso nos fez ter a idéia de fazer uma série sobre o assunto. Faremos uma visita ao colégio e acompanhar uma aula e se possível, conversar com o professor sobre essa questão das N.R.


25 de agosto de 2010

Concurso nas Escolas Técnicas Agrícolas


Estamos nos aproximando do final do ano de 2010, a maioria das escolas técnicas agrícolas, divulgam os seus calendários para o concurso de seleção. Vários cursos são oferecidos: Técnicos Agrícolas, de Agropecuária, de Agroecologia, de Agroindústria, entre outros. Para os que pretendem ingressar em escolas que oferecem esses cursos, devem procurar o mais cedo possível por informações, para não perder o prazo de inscrições. Os cursos, geralmente são com matrículas para o ensino médio, mais o técnico ou em concomitância externa (cursando o médio em outra instituição). Geralmente são feitos buscas na internet, para informações e inscrições.
Colabore com o nosso blog. Na página “Escolas” há uma lista de instituições de todos os estados, busque a sua e atualize as informações, como: nome correto da instituição, endereço, Home Page e E-mail ou inclua a que não consta da lista. No momento que forem atualizadas, será acrescido um asterístico no lado direito do nome da instuição. Além de divulgar a sua escola, irá colaborar com futuros colegas. Participe!

A forma de colaborar com as informações é através do e-mail: tecnicoemagropecuaria_blog@hotmail.com

23 de agosto de 2010

Orgânicos oriundos do extrativismo sustentável - MAPA-MMA nº 25

A Instrução Normativa Interministerial MAPA-MMA nº 25, dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Meio Ambiente, de 19 de agosto de 2010, altera os arts. 4º, 11, 13, a denominação do capítulo IV e os arts. 16, 17 e 18 do anexo da Instrução Normativa Conjunta MAPA-MMA nº 17/09, que aprova as normas técnicas para a obtenção de produtos orgânicos oriundos do extrativismo sustentável orgânico, dispondo sobre o manejo e o Projeto Extrativista Sustentável Orgânico para Unidades de Conservação de Uso Sustentável ou para Áreas Especialmente Protegidas (DOU de 20/8/10, MAPA, pág. 6).

6 de agosto de 2010

MUARES, como tema transversal.


Em pleno século XXI, mesmo com todo o desenvolvimento tecnológico, do mundo globalizado e virtual, os equídeos continuam prestando grandes serviços ao homem, puxando carroças com diversas cargas, conduzindo rebanhos, trazendo gêneros de primeira necessidade para as famílias aonde os veículos automotores não chegam, transportando produtos produzidos em regiões montanhosas para o consumo das cidades. Como transportes, ainda, levam e trazem crianças das escolas em áreas rurais, bem como, são utilizados, no transporte de materiais de construção ou como transporte alternativo em pequenos municípios do Brasil, participam de romarias e de badaladass feiras de animais de exposição. Neste contexto, os muares (burros e mulas) parecem está em destaque, pela sua força, docilidade e beleza. Eles são utilizados desde o Brasil Império, servindo de montaria ou trazendo variadas mercadorias, tais como, suprimentos, remédios e variadas mercadorias, através dos tropeiros. São animais tão extraordinários, que em dado momento de nossa história teve papel importante, ajudando a transportar em seus lombos, o ouro das minas, o açúcar dos engenhos, e o café das longínquas fazendas.
O estudo dos muares exige uma abordagem particularmente ampla e diversificada, pois é um tema vivenciado pela sociedade, nas comunidades, nas famílias e por alunos e educadores no cotidiano, em cada região do Brasil.
A LDB, através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), indica temas transversais, tais como, a pluralidade cultural e recomenda que temas transversais possam ser temas locais, de interesse específico e de uma realidade local. No Ensino Médio Técnico em Agropecuária, os muares podem ser considerados como tema transversal, pois é tema de interesse especifico, da realidade de varias comunidades regionais.
Dentro de um estudo multidisciplinar (...), os muares podem ser abordados como tema transversal e de interdisciplinaridade no Ensino Médio, utilizando exemplos práticos. Para alunos de cursos de Técnico em Agropecuária ou Agroecologia, a disciplina Química, como exemplo, pode-se estudar as reações de fermentação durante o transporte (com os muares) de forrageiras ou de adubo orgânico.
Tudo que foi abordado aqui no texto, é parte dos conteúdos aprendidos no livro, MUARES: TEMA TRANSVERSAL PARA O ENSINO MÉDIO E TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA. Para Técnicos em Agropecuária, já formados ou que ainda, vão se formar, a obra citada contribuirá, ou até complementará os conhecimentos já adquiridos, pois no livro são abordados, assuntos tais como: Origem dos animais, reprodução, doma, alimentação e instalações.
Eu tenho o meu, adquira o seu exemplar, através do nosso blog.
Quer conhecer o autor? Clica no título do poust.
E-mail para pedidos do livro: tecnicoemagropecuaria_blog@hotmail.com