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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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30 de março de 2009

CTUR – Professor Ricardinho. Ao mestre com carinho!

Rousseau formulou princípios educacionais que permanecem até nossos dias, enquanto afirmava: “Que a verdadeira finalidade da educação era ensinar a criança a viver e a aprender a exercer a liberdade”. Para ele, “a criança não é educada para Deus, nem para a vida em sociedade, mas sim, para si mesmo. Viver é o que eu desejo ensinar-lhe. Quando sair das minhas mãos, ele não será magistrado, soldado ou sacerdote, ele será, antes de tudo, um homem".Para Paulo Freire a pedagogia dos dominantes, onde a educação existe como prática da dominação, e a pedagogia do oprimido, que precisa ser realizada, na qual a educação surgiria como prática da liberdade. Freire dizia ainda, “Mudar é difícil, mas é possível”Todos nós sabemos que a educação regular brasileira não é das melhores. Talvez, esteja até entre as piores. Nas escolas técnicas, a realidade pode ser um pouco diferente. Hoje o estudante corre para uma escola técnica porque sabe que o ensino é de qualidade, principalmente nas escolas federais, como por exemplo, o CTUR/UFFRJ. Ele se forma, mas faz vestibular para outra área.
Algumas pesquisas afirmam que apenas 15% dos alunos que adquiriram formação técnica, estão no mercado de trabalho na área em que são formados. Porque será? Não temos capacidade e formação para fazer tal análise, o que podemos sim, é afirmar, que muitos profissionais da educação técnica, vem superando deficiências de ensino profissionalizante, tais como, materiais para aulas práticas, sucateamento de equipamentos, desmandos administrativos, desvios de verbas, prejudicando cidadãos que vão à busca de uma profissionalização e esbarram nesses desmandos. Para os jovens, o futuro pode responder. E para os considerados “velhos” para o mercado de trabalho? Ou mostram capacidades ou vão amarrotar um belo pijama em cadeira de balanço, com uma aposentadoria ínfima. Quando procuram uma formação é porque querem melhorar o seu perfil profissional ou simplesmente buscar o que outrora lhe faltou. E tais desmandos e falta de profissionalismo podem atrapalhar ou apagar esse sonho.
Certamente, as deficiências, desmandos, desvios, desonestidades, não foram páreos para o bom profissional, que superou tudo para mostrar o seu valor, procurando capacitar, mesmo com essas “intempéries”, novos profissionais, jovens e “velhos". Tratando todos com carinho, respeito e sem distinção, e mostrando a sua capacidade de ensinar, mesmo com todas aquelas intempéries. Aprendemos a arar, gradear, adubar e encanteirar, com ele, com uma máquina simples, a da sabedoria.
É certo que todos sabem que existem profissionais que formam profissionais, mais que poucas pessoas sabem, é que existem aqueles que dão lição de vida também. E isso eu vivi, convivi e aprendi com eles, a superar aquelas “intempéries” do campo da vida, mesmo sendo um velho aprendiz.
Sendo medo de citar o seu nome, e não melindrar, os que contribuiram na minha formação, desejo sorte e sucesso para o Professor Mestre Ricardo Crivano Albiere, novo Diretor do Colégio Técnico (CTUR). E lembrar sempre o que Freire afirmou: Mudar é difícil, mas é possível”. Portanto, ao mestre com carinho.

Foto: A esquerda, Professor Ricardinho

17 de março de 2009

CTUR – Fazendinha Agroecológica



Foto ilustrativa de Folder: Alunos do Ctur na Fazendinha
Localizada no município de Seropédica (Estrada Rio São Paulo, Km 47) no Estado do Rio de Janeiro, a Fazendinha Agroecológica, inicialmente projetada em 1993 com 59 hectares, destinada ao exercício da agroecologia. O projeto criado envolvia parceira entre a EMBRAPA Agrobiologia, EMBRAPA Solos, UFRRJ e PESAGRO-RIO, a estratégia era procurar dar sustentabilidade e estabilização à atividade produtiva no meio rural, buscando a exploração racional das potencialidades locais.
Fundamentalmente, a idéia era buscar nesse projeto um espaço motivador de pesquisas e do exercício da agroecologia, as ações teriam, além da produção, um espaço amplo, que acumularia experiência de manejo do sistema orgânico com ações de pesquisas, ensinos e capacitação profissional, que estimularia estudantes de diversos níveis. Atualmente a Fazendinha Agroecologica ocupa 70 hectares, dividida em: área de preservação permanente, composta de horto florestal, área de manejo agroflorestal visando à produção de frutas; pastagem subdivida em piquetes; lavouras subdivididas em glebas de produções.
Todos esses informes são fáceis de serem adquiridos, bastam acessar a internet e buscar no Site: http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/artigos/fazendinha.html, mais não se ver nenhum informe de atividades sobre o que realmente vem se fazendo por lá.
A UFRuralRJ tem um Colégio Técnico (CTUR), que dizem fazer parte dessa parceria, mais o que não se viu nesses últimos quatros anos, foram atividades que envolvessem alunos do CTUR em pesquisas ou projetos que pudessem melhor capacitar seus alunos no decorrer do Curso em Agropecuária Orgânica, além de aulas simples de conhecimento e andando a pé por mais de 3 km (indo e vindo) em direção a Fazendinha e sendo chamados de “calças arriadas”. No período 2005/2008 foi assim, logicamente, e sendo justo, muito se aprendeu nesse período, graças aos grandes esforços dos professores que ainda estão por lá, através do espaço físico que tem o CTUR, com seu campo agrostológico (com mais de 100 espécies de forrageiras), horta, casa de vegetação e um imenso pasto (pouco explorado), alguns animais e um posto de venda que alunos não participavam (e agora fechado, não se sabe por quê!), emboramente produzindo alguns produtos olerícolas.
Alegra-nos ver outra instituição envolvida em projetos de capacitação como divulgou no nosso blog em 23 de fevereiro de 2008:
Temos certeza que a nova Diretoria eleita do CTUR, não deixará além de melhor capacitar seus alunos em seu próprio espaço, e que a Fazendinha Agroecologica, não seja apenas um espaço para passeios cansativos, desinteressante e perda de tempo, como aconteceu com essa ultima gestão, que infelizmente estávamos lá, como alunos.




6 de março de 2009

O velho agronegócio, o que há de novo?

Foto: Aluno monitor e o Professor Josué de Castro (a direita) - CTUR/UFRRJ - Interagindo na colheita de forrageira para estudos

O poder de influência do agronegócio é tão grande que pode afetar também intelectuais?
Os que reproduzem assuntos e lutas ideológicas nos meios universitários e dos colégios técnicos podem ser discutidos de forma equivalente? Um discute o assunto de maneira cientifica, por ser de nível superior, abrangendo pesquisas e outros meios de estudos, o outro, apresenta aquilo que já está em pratica, até mesmo para que facilite o entendimento profissional e o ingresso de atores envolvidos (alunos) no mercado de trabalho, já existente. Alguns intelectuais defendem a idéia que a saída para a pequena agricultura seria também entrar no agronegócio. Alguns copiaram mal essa idéia e chegam chamar de "agronegocinho", na verdade não entendem nada do assunto. Não percebem que, de fato, há uma luta entre dois modos de organizar a produção agrícola em nossa sociedade.
Será que agronegócio seriam aquelas fazendas modernas, que utilizam grandes extensões de terra e se dedicam à monocultura, que se especializam num só produto, com alta tecnologia, mecanização - às vezes irrigação - pouca mão-de-obra? E por isso, falam com orgulho que conseguem alta produtividade?
Na maior parte dos casos, a produção é para a exportação. Em especial, cana-de-açúcar, café, algodão, soja, laranja, cacau, além da pecuária intensiva. Esse tipo de fazenda é o chamado agronegócio, no entanto, tudo baseado em baixos salários, uso intensivo de agrotóxicos e de sementes transgênicas e “etc”, (não sei explicar o etc.).
Existem, por exemplo, inúmeras denúncias de agrônomos e cientistas dos estragos que a implantação da soja vem fazendo nos biomas da natureza do cerrado e da Amazônia. E vem uns “caras” falar mal da agricultura familiar, chamando de “agronegocinho” para aqueles que precisam sobreviver, e antes de tudo, respeitam o meio ambiente.
Sempre haverá unidades de produção maiores e que se dedicam à exportação, isso é bom para o Brasil, mais entendo que é uma forma avergonhada de defender o agronegócio, que devasta, polui, não paga impostos e renegociam, com o apoio do governo, suas dividas. É preciso identificar que tipo de produtor e de política agrícola o governo e a sociedade defendem, pois vemos, a cada dia, que o pequeno agricultor (a do agronegocinho) passa por dificuldades e sem apoio técnico.
O modo do agronegócio, que se estabelece, baseada em estabelecimentos agrícolas familiares, menores, que se dedicam à policultura (produzem vários produtos) de alimentos, geram empregos para milhares de pessoas, da família e de fora dela, que produzem e desenvolvem o mercado local e interno.
Li, num artigo, (não lembro onde), que na criação de médios animais, por exemplo, a produção é bem maior na agropecuária, onde envolve o pequeno produtor, sem muitas tecnologias, com manejo adequado e orientação de um Técnico em Agropecuária (formação de ensino médio), então comparamos com os seguintes dados:
Animais de médio porte: rendimentos para suínos: (Pequena propriedade - 86%) – (Média propriedade - 13%) – (Grande propriedade/agronegócio - 1%). Esses dados são do Professor Ariovaldo Umbelino Oliveira, da USP (Universidade de São Paulo), feito numa tabela de comparação.
Lembro muito bem, que quando estudava no CTUR, o Professor Josué de Castro, abordava em aulas, tais comparações. Dizia ele que a criação de suínos é uma das grandes responsáveis pelo lucro dentro de uma propriedade rural, desde que feita de forma inteligente e racionalmente conduzida. Os suínos são considerados a atividade mais rentável, pois podem ser criados de forma lucrativa dentro de pequenas chácaras. O capital inicial é relativamente baixo e a atividade supera em lucro quase todos os animais domésticos. Estes animais requerem, de certa forma, atenção, e proliferam em boa quantidade. O porco é um dos animais domésticos que mais se adapta às condições climáticas e seu rendimento em carne é muito maior em relação ao alimento que consome, além de suas características em prolificidade, rusticidade e melhorador da terra (Restitui elementos de valor por meio de suas dejeções)
Ai, “siesqueci” dos intelectuais! Bom e por falar neles, essa semana um deles falou mal do “agronegocinho”, pode ter até certa razão para falar do agronegócio, mais teceu uma opinião que não convenceu ninguém, talvez por falta de conhecimento, se eu estivesse lá, talvez cairia da cadeira ou ia ser uma “briga” feia, pois se tivesse ele, os professores que tive não falava besteiras em sala de aulas, e olha que as aulas era de Ensino Médio.