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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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25 de junho de 2013

Estrada Real – Novas andanças


Escritor Silas Fonseca - Pompéu-Sabará/MG
Entre as idas e vindas dos sertões em buscas e transportando riquezas, desde o século XVII, alguns caminhos foram abertos estrategicamente pela Coroa Portuguesa, ligando antigas regiões das minas ao litoral do Rio de Janeiro, passando ainda por São Paulo.
Constituída basicamente pelas vias de acesso, os pontos de parada, as cidades e vilas históricas se formaram durante o passar dos homens e do tempo. Assim é a Estrada Real e entre os Velhos e Novos caminhos, ainda é possível encontrar riquezas: as artesanais, religiosa e literária. 
Zoroastro Viana Passos, Fernando de Mello Vianna, Cândido José de Araújo Viana (Marquês de Sapucaí), Júlio César Ribeiro Vaughan, Aníbal Monteiro Machado e Raimundo Machado de Azevedo, são nomes que se tornaram “joias” dentre tantas outras riquezas que ajudaram a compor parte de nossa história.
Há outros, que ainda encontramos por ai. São artesãos, que perpetuam artes e ofícios herdados dos pais e avôs; talentosos artistas populares e contadores de histórias; cozinheiras criativas; pintores e artistas plásticos que usam as cidades como tema. 
Na estrada Real é possível encontrar cidadãos simples, como Silas Fonseca, que para muitos, seria um comum, pois sua singeleza não nos permite perceber o seu talento. Em nossas andanças pelas gerais, encontramos esse exemplar, que luta para preservar importantes bens naturais e patrimoniais, um literato e ingênito “mineirim” que transmite em prosa e poesia, culturas e costumes. Sua grandeza é enobrecida por conservar o seu meio ambiente e os laços familiares vindos desde o Sô Ismael”, seu pai.


Não será preciso arrancar e sacudir tufo de mato para achar, mas assim, será a nossa jornada, a pé, os 180 km do Caminho do Sabarabuçu buscando essas riquezas.


10 de junho de 2013

Estrada Real - Novas andanças

Esposa do autor do blog e Dona Beatriz
São fascinantes os caminhos e descaminhos da Estrada Real.  Um olhar mais atento nos permite perceber a maneira com que os povos ao longo da “rica” estrada, perpetuaram o ritmo de vida secular, diferente, talvez, na essência do que acontece nos grandes centros de nosso imenso país. Percebemos isso, já no planejamento de nossa próxima jornada, que é percorrer a pé os 160 km do Caminho do Sabarabuçu, um prolongamento do Caminho Velho.
Logicamente não temos a presunção de nos comparar aos afamados viajantes e naturalistas. A tradição do uso da Estrada Real como principal dos caminhantes, iniciou lá no século XVIII. Esses viajantes, naturalistas, tinham olhares atentos e curiosos, utilizavam os seus conhecimentos acadêmicos para cumprirem missões oficiais. Desses trabalhos, o resultado surpreende até os nossos atuais dias (século XXI). Charles Fox Bunbury, Auguste de Saint-Hilaire, John Mawe, George Gardner, Johann Emanuel Pohl e Spix & Martius são alguns desses afamados que emprestaram seus nomes e nos legaram emocionantes relatos de suas viagens entre caminhos da Estrada Real. Até mesmo o botânico suíço Beat Ernest Leuenberger percorreu trechos da Estrada Real em buscas da cactácea ora-pro-nobis.
Para concluir o nosso próximo livro: “De Iguaçu ao Sabarabuçu – Entre Velhos e Novos Caminhos” será preciso nos aventurar nesses árduos caminhos, para poder trazer e ilustrar toda uma miscelânea de culturas, entre elas a religiosidade e os hábitos alimentares, bem como, colher saberes da simplicidade do manejo da agropecuária e agroecologia em pleno século XXI.
Sabemos que não são caminhos tão árduos como outrora, feito pelos bandeirantes, que atravessaram serras íngremes, cortaram perigosas florestas, transportando riquezas através dos rios e pântanos, formando vilas e arraias que se tornaram lindas e históricas cidades.
Logicamente encontraremos simpáticas figuras, que não economizam sorrisos para nos receber, como da restauradora de obras de arte Dona Maria Beatriz Luz (foto) da cidade de Sabará, que ilustra a simpatia até mesmo com a luminosidade de seu sobrenome, que nos ensina muito mais que matérias disciplinares em bancos acadêmicos. Certamente há outros, mas com perfis mais comuns, que não são difíceis encontrá-los.

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Assim deverá ser nossas novas andanças pelas gerais.

9 de junho de 2013

Zoroastro de Viana Passos, o Mestre das gerais...


Mineiro nato de Sabará, o Professor Zoroastro de Viana Passos, fez os seus estudos primários e concluiu o secundário em sua cidade, no histórico Colégio Azeredo. Filho do Sr. Américo Ferreira Passos, que era farmacêutico, e de Dona Maria Antonieta Viana.
O Professor Zoroastro casou-se com Dona Suzana Ferreira Passos, com quem teve 14 filhos. Doutorou-se em Medicina, no Rio de Janeiro (turma de 1910). Regressando a Minas Gerais, iniciou clínica médica na cidade de Bonfim, mais tarde se transferiu para Sete Lagoas. Prestou concurso para uma das cadeiras de professor substituto da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, defendeu a tese "Em torno de dois casos de apendicite", com êxito. Empossado no cargo que conquistara, empreendeu viagem de estudos e observações aos adiantados centros da ciência médica da Europa (Alemanha, França, Portugal e Bélgica). Em retorno do continente europeu, veio para sua cidade natal, dando continuidade aos estudos de medicina e história. Depois se fixou em Belo Horizonte, onde exercia o cargo de Professor Catedrático da Faculdade de Medicina. Estabeleceu ainda, na capital mineira, um dos mais conceituados consultórios médico-cirúrgicos. 
Segundo historiadores e outros de sua época, Zoroastro era orador fluente de alto estilo, escritor e historiador. Foi também membro da Academia Mineira de Letras. Suas obras literárias versam sobre interessantes assuntos médicos e históricos Exerceu ainda, cargos de muitíssimas importâncias, sobressaindo-se, em todos eles, como elemento verdadeiramente capaz e digno. Nascido em 1887, àquela histórica cidade, em setembro de 1945, perde o mais ilustre de seus natos moradores.
Entre tantas obras editadas pelo Professor Zoroastro Viana Passos, citamos “Em Torno da História do Sabará” – Que de um pequeno trecho transcrito de um dos 2 volumes da obra, abrilhantou e valorizou por demais a 2ª edição do livro “ORA-PRO-NOBIS: A carne de pobres” de nossa autoria.