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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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28 de janeiro de 2009

Achatina fulica, que bicho é esse?

O rápido avanço do caramujo gigante africano (Achatina fulica) no Brasil parece não preocupar as autoridades sanitárias, que já identificaram infestações do molusco em todos os estados, principalmente em área urbana. O Achatina fulica, que foi introduzido ilegalmente no Brasil inicialmente no estado do Paraná há cerca de 20 anos atrás como alternativa econômica ao escargot (Helix aspersa), acreditem, por um servidor de uma Secretaria de Agricultura. A preocupação tem forte motivo: o caramujo, também chamado falso escargot, pode transmitir a angiostrongilíase abdominal, uma doença grave que, em estágio avançado, provoca perfuração no estômago, com vários casos de morte registrados no país.
Esta espécie de molusco representa uma forte ameaça a agricultura porque devora plantações de hortas e pomares( conforme ilustra a foto em plantação de mamão), se reproduz rapidamente e é de difícil controle, já que não possui predador natural no Brasil. Também na alimentação para animais, pois podem facilmente alastra-se e ficarem escondidos em pastagens e usar como seu alimento, diversas forrageiras, principalmente as leguminosas. Na agricultura familiar e de pequenos produtores, onde, por desconhecimento, podem manipular e até mesmo consumir como alimento.
Devido ao seu sucesso reprodutivo, ele tornou-se uma terrível praga agrícola, alimentando-se vorazmente de diversos vegetais de consumo humano, e por isso um parecer técnico 003/03 publicado pelo IBAMA e pelo Ministério da Agricultura em 2003, que considera ilegal a criação de caramujos africanos no país, determina a erradicação da espécie e prevê a notificação dos produtores sobre a ilegalidade da atividade.
No combate ao caramujo, primeiro é preciso identificar corretamente o caramujo africano para não haver qualquer confusão com as espécies nativas, posteriormente pegamos o exemplar com luva ou saco de plástico para evitarmos o contato direto com ele, e colocar sal ou cloro sobre o mesmo; também evitar esmagá-lo, e não devemos esquecer-nos de destruir seus ovos no solo com uma vassoura de grama. Quando chove muito numa região infestada, é comum observarmos os caramujos subindo as paredes, sendo, então, uma boa oportunidade para destruí-los.
Como foi um erro técnico gravíssimo e imperdoável, demonstra que é preciso em qualquer tipo de criação, a presença de um técnico (qualificado) para as devidas orientações, mesmo antes de implantar um projeto.
Há inúmeras matérias, tanto em revistas e jornais, como na internet, ilustrando a presença de desse nocivo molusco. Mais o que nos preocupa, é a falta de uma maciça campanha de orientação em área agrícola, onde pequenos agricultores são desprovidos de informes e notícias, pois nos grandes centro a mídia fica voltada para o Aedes aegyptis, transmissor da dengue, que sua infestação não foi um erro técnico, e sim, um erro da população urbana, por não se prevenir. Aliás, parece que o caramujo africano não dar votos, ainda.


Conheça o caramujo africano.

Clique em: http://www.pragas.com.br/noticias/destaques/caramujo_g_africano.php

21 de janeiro de 2009

CRIAÇÃO DE AVESTRUZ - A Estrutiocultura no Brasil


A criação de avestruz ainda é um bom negócio? A atividade foi implantada no Brasil há pouco mais de dez anos atrás, e nasceu com uma promessa de criação que não teria a necessidade de grandes espaços de terra, investimentos baixos e retornos rápidos, que maravilha! Tenho feito várias pesquisas na internet sobre a atividade da Estrutiocultura, há bem pouco tempo atrás a estrutiocultura, (criação comercial de avestruz), era apresentada como o empreendimento do século, por ser até então, apresentada uma atividade da agropecuária, com baixos custos para iniciação e produção, altos índices de produtividade, ainda mais quando comparada com a pecuária e retornos financeiros bem atrativos. Sinceramente não vi nada de animador nessa atividade, comparado a outros tipos de criação, que exige baixo custo, porém atualmente, notei em minhas pesquisas, que alguns anos de experiências, muitos foram os percalços e questionamentos do inicial
Pelo que vejo, muitos criadores iniciaram suas criações baseadas nessas promessas e infelizmente hoje estão colhendo ao contrario dos lucros prometidos, grandes prejuízos.
Creio que mais uma vez o problema principal para o insucesso desse empreendimento seria inicialmente a falta de pesquisa de mercado e um plano adequado de negócios, para conhecimento real do potencial da estrutiocultura, os valores apresentados para o escoamento da produção, principalmente o preço do quilo da carne a ser vendida ao consumidor brasileiro era irreal, comercializada a absurdos, em torno de 120 reais o quilo, num país onde o salário mínimo é de um pouco mais e 400 reais.
Hoje o Brasil se tornou um celeiro da criação de avestruz, porém somente como estoques de aves, pois a comercialização das mesmas atingiu números bem perto de zero, fazendo com que os atuais criadores ficassem sem expectativa de venda da produção atual, e ainda sem condições de continuar com a criação, fazendo com que a estrutiocultura se transformasse de um sonho de grandes lucros para uma grande ilusão ou pior um grande pesadelo de prejuízos.
Há vários sites na web oferecendo propostas mirabolantes para esse tipo de criação, mais é preciso ter cuidado, pois a estrutiocultura exige conhecimento técnico, e muito desses sites oferecem cursos on-line e isso não é bom.
A estrutiocultura encontra-se regulamentada pela Instrução Normativa Conjunta número 2 de 21 de fevereiro de 2.003, que aprova o Regulamento Técnico para Registro, Fiscalização e Controle Sanitário dos Estabelecimentos de Incubação, de Criação e Alojamento de Ratitas.
Antes de adquirir suas aves é fundamental que o interessado verifique a possibilidade técnica e física para a instalação de seu criatório.
As instituições (Colégios Agrícolas), que ministram cursos em Agropecuária devem conter em seus programas um mínimo de ensinamento para a atividade da estrutiocultura.
Veja todo o manejo em nosso blog (lateral cinza) “CRIAÇÂO DE AVESTRUZ”

Associação dos criadores de avestruzes do Brasil: http://www.acab.org.br/

17 de janeiro de 2009

Persistência...

A História tem demonstrado que os mais notáveis vencedores normalmente encontraram obstáculos dolorosos antes de triunfarem. Eles venceram porque se recusaram a se tornarem desencorajados por suas derrotas (B. C. Forbes). Até aqui, eu já me considero um grande vencedor e por minhas conquistas devo gratidão.
Nenhum dever é mais importante do que a gratidão. Tínhamos um dever, o dever de aprender, mais precisávamos de ensinadores. Mas porque agradecer? Todos deveriam cumprir os seus deveres, de ensinar. Não vamos aqui citar os nomes de meus ensinadores, pois, poderíamos cometer injustiça somada à ingratidão.
Pensava eu que conhecia tudo nessa vida, mais que nada, tínhamos muito a aprender. “Aqueles” ensinadores nada mais faziam do que suas obrigações, aliás, está ali pra isso, simplesmente ensinar, apenas suas obrigações. Mais foram mais além, transmitiram não só sabedoria, mais também respeito, confiança, paciência com persistência, com isso, sem perceberem, talvez, deram lições de vidas também.
É possível alguém aprender, tudo, não importa a idade, o ser humano tem essa capacidade, de aprender sempre! Sem delongas e incansáveis justificativas, coloco aqui minha gratidão.
Por longos 25 anos abandonamos os estudos, sem até, concluir o ensino médio. Precisávamos de realizações, tanto cultural, como capacitação profissional. E quando decidimos retomar os estudos, também era necessária uma qualificação profissional, e a área de agricultura era a nossa meta.
Quando ingressamos no Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CTUR), nosso intuito, era tão somente concluir o curso e entrar no mercado de trabalho. Mais lá, durante o curso, fomos mais além. Tivemos a liderança da turma por quatro vezes (talvez inédito), logicamente de forma democrática; por concurso de seleção chegamos a Monitoria, conseguimos o respeito, tanto de colegas estudantes, tanto como dos professores. Na convivência e cumprindo as nossas obrigações estudantis, chegamos até em cerimônia de formatura, ser orador. Uma realização! Completamente. Aprendemos tudo o que deveríamos aprender dentro do programa do curso e aprendemos muito mais, paralelamente me foi oferecido respeito, sabedoria e confiança. Tanto foram as oportunidades, que a cada dia precisávamos corresponder dignamente o que nos era ensinado. Os esforços foram tantos, que chegamos até esse Blogger, para compartilharmos o que aprendemos o que vamos e ainda falta por aprender.
Perto de alcançar 5 mil visitas, nosso blog (Site) “Técnico em Agropecuária”, contém conteúdos aprendidos, fotos do período do desenvolvimento e atividades do curso, além de “Links” e atalhos correlatos, para que os visitantes possam usufruir, num único espaço, daquilo, que levamos mais de três anos, em incansáveis e numerosas fontes, para reunir.
Agradeço aqui aos meus “ensinadores” e visitantes desse Site. E nos desculpamos pela “Persistência”.

João Felix Vieira – Técnico em Agropecuária Orgânica
CREA-RJ 2009 100.491

14 de janeiro de 2009

CTUR TERÁ NOVOS "BIXOS" - Bem vindos a Senzala


 
Saldamos e parabenizamos os novos "bixos" classificados no concurso de seleção do Colégio Técnico da Universidade Rural.





TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA ORGÂNICA (Externa)
Candidatos:

1º VICTOR VINÍCIUS AUGUSTO DA SILVA - com 73, 0 pontos;
2º FELIPE DE ANDRADE CONSTANCIO - com 65,0 pontos;
3º BRUNA FREITAS DA SILVA - com 61,0 pontos.

CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA ORGÂNICA (Mat. Única)


Candidatos:

1º JESSICA GARCIA DIAS DA SILVA - com 82,0 pontos;
2º LUANE FAUSTINO COSTA - com 82,0 pontos
3º KEZIA SENNA EMYGDIO - com 80,0 pontos.

Vejam classificação completa na RELAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS E CLASSIFICADOS (O arquivo está em formato PDF), pagina 9 e 12.


Disponível em:

http://www.ctur.ufrrj.br/classificacaofinal09.pdf


Parabéns a todos, novos rumo novos tempos.

6 de janeiro de 2009

Tempo “doido”, o aquecimento global pode afetar a agricultura

Mudanças climáticas previstas para as próximas décadas como resultado do aquecimento global vão colocar em risco a produção agrícola no Brasil, dizem os estudiosos. Nesses estudos de pesquisadores, prevêem que o aumento da temperatura no país vai diminuir a área favorável aos cultivos de soja, café, milho, arroz, feijão e algodão, podendo levar a um prejuízo de quase R$ 8,0 bilhões até 2020. As exceções são para a cana-de-açúcar, que terá espaço para se expandir e até dobrar a produção, e a mandioca, que, apesar de perder espaço de cultivo no Nordeste, poderá ser plantada em outras regiões do país. Os resultados sugerem que a geografia da produção agrícola brasileira vai mudar nos próximos anos, e, para evitar danos maiores ao desenvolvimento do país, é preciso começar a agir desde já.
É preocupante tal relatório, a agricultura é uma das responsáveis pelo aumento de temperatura: as emissões do setor, somadas ao desmatamento para a conversão de terras para o cultivo, representam algo entre 17% e 32% de todas as emissões de gases do efeito estufa provocadas por atividades humanas. É justamente a derrubada de florestas que coloca o Brasil na posição de quarto maior emissor de gás carbônico do mundo
Tais assuntos devem ser levados para dentro das salas de aulas, não somente nos colégios agrícolas, mais no geral. Estudantes de agropecuária (nível médio) podem também não se “ligarem” com assuntos tão “chatos”, e disciplinas em muitos cursos, é ministrado tão somente para o básico para o manejo de animais, e os alunos só vão se “ligar” e conhecer o assunto quando optarem por curso superior, agronomia por exemplo.
É preciso que o jovem estudante possa se Identificar com a leitura e pesquisa na área de ciências naturais e da terra, e tais relatórios publicados, debatidos incansavelmente em sala de aula, pode contribuir muito no aprendizado de outras disciplinas.
Lembro por exemplo, que quando estudante no CTUR, na disciplina “Processamento de produtos de origem animal”, a Mestra Claudete Pereira, usava estrategicamente esse método para nós ensinar, era “chato”, mais funcionou; fazer leituras da legislação em mesa redonda com a turma, e isso, muito “abria” nossas mentes para a importância da disciplina.
Sobre o relatório do aquecimento global publicado, contém informações importantes e pode muito contribuir no reforço de aprendizado de outras disciplinas.
O relatório está disponível em:

3 de janeiro de 2009

Santa Catarina, novos rumos

A agropecuária apresenta um papel de destaque na economia catarinense, pois boa parte do setor industrial e de serviços do Estado tem na agricultura a base do seu processo produtivo. E agora, o que farão as autoridades daquela estado após as chuvas?
Notamos (atavés de noticiários) que autoridades vem se reunido para traçar soluções para pecuaristas do Vale do Itajaí, e criaram até Fórum de Solidariedade e Reconstrução das Cheias, que visa uma solução para as perdas de animais que estes produtores tiveram com as enchentes no final de 2008. Outra discussão é possibilidade de alteração de critérios de distribuição de recursos de alguns fundos ligados a agricultura.
Não podemos esquecer que o modelo agrícola adotado na região do Vale do Itajaí, desde a época da colonização, baseado no desmatamento com posterior queimada, sem respeito às áreas de preservação permanente e nenhum controle de erosão e, a partir da segunda metade do século XX, com a introdução dos adubos químicos e agrotóxicos, reduziu drasticamente a cobertura florestal, a fertilidade dos solos e a quantidade e qualidade das águas.
Até a década de 1980, a indústria madeireira exerceu forte papel na economia da região, sendo a principal responsável pela devastação das espécies nobres das florestas. A agricultura, especialmente a fumicultura, foi, e de certa forma continua sendo, grande responsável pela destruição das florestas da região.
O Vale do Itajaí foi colonizado, a partir de Blumenau, principalmente por agricultores alemães e italianos e, em menor proporção, por poloneses e portugueses. Vindos da Europa na década de 1850 e acostumados a clima, vegetação e solo totalmente diferentes, instalaram-se às margens do rio Itajaí-Açu. No interior da densa e bela floresta, viviam milhares de índios das tribos Xokleng, Kaingang e Guarani. Tanto a floresta quanto os índios foram considerados obstáculos aos objetivos e ao modelo de “desenvolvimento” almejado pelos imigrantes europeus.
Já o Alto Vale do Itajaí foi colonizado a partir do século XX, e em menos de 100 anos de “crescimento econômico” foram destruídas aproximadamente 80% das florestas da região, reduzindo várias espécies de animais e extinguindo outras localmente, como a onça-pintada e a anta. As enchentes, fenômeno secular na região, passaram a ocorrer cada vez com mais freqüência. Isso pode ser explicado pela diminuição da infiltração da água no solo e o assoreamento dos rios, resultado direto da falta de cobertura florestal – especialmente matas ciliares, do não controle de erosão e da construção e estradas e cidades.
O que as autoridades daquele estado dizem agora sobre essa questão? Pois o fato é historico.
Não vamos aqui nos aprofundar no geral sobre questões ecológicas desgovernadas ao logo dos anos. Mais o que nos chama a atenção é sobre levantamentos e relatórios de óbitos de animais ocorrido na enchente na região de Itajaí e Tijucas. Foram registrados óbitos de 1.350 bovinos, 200 ovinos e sete eqüídeos, ainda encontram-se animais desaparecidos. Somente isso?
Temos consciência de vidas humanas perdidas, que devem ser discutidas em primeiro lugar, mais “autoridades” perderem tempo em Fórum para discutirem questão agropecuária num pífio relatório, é demais!