English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

Procure no blog o assunto

Para pesquisar um assunto de seu interesse aqui no no blog, digite uma palavra chave na tarja branca acima e clique em pesquisar.

1 de outubro de 2017

ORA-PRO-NOBIS: A carne de pobres - 3ª Edição



A 3ª edição “ORA-PRO-NOBIS: A carne de pobres” disponível em Clube de Autores, foi revisada e ampliada com maiores informações técnicas das variedades da cactácea do gênero Pereskia, planta que está sendo amplamente estudada, para se comprovar cientificamente como própria para consumo alimentar alternativo no combate à fome e de enfermidades, assunto que tem recebido atenção no mundo nos últimos anos, sobretudo no Brasil.
A Ora-pro-nobis é planta pouco usada e ainda desconhecida pela a maioria da população no Brasil. A falta de informações, o desconhecimento quanto ao valor nutricional e modo de preparo, faz com que o consumo seja reduzido, tendo em vista, que é uma cactácea com característica diferente em relação às demais hortaliças com sua forma arbustiva espinhenta, no que leva desconfiança e medo do seu consumo em relação a outras que apresentam fácil disponibilidade e com baixo valor de mercado comparada das já popularizadas, no entanto, vem se destacando em vários estudos técnicos
Considerada hortaliça não convencional, pode constitui alternativa para populações carentes, por ser boa fonte de nutrientes e curas de enfermidades. A Ora-pro-nobis, é uma planta que vem merecendo atenção especial por seu alto valor nutritivo e sendo utilizada em pratos típicos da culinária e na medicina popular em algumas regiões do Brasil, principalmente no interior de Minas Gerais, mas ainda sendo cultivada de forma marginal. Conhecida como “carne de pobre” pela alta concentração de nutrientes é também carinhosamente chamada de lobrobo e tem seu próprio festival gastronômico na histórica cidade de Sabará
O livro ORA-PRO-NOBIS: A Carne de pobres – 3ª edição – Com prefácio escrito pelo poeta e escritor mineiro Silas Fonseca, reafirmar de forma simples e “didática”, para estudantes de agroecologia, de plantas exóticas, apreciadores da culinária tradicional e de renomada gastronomia, a sua importância para ser inserida na alimentação, tendo em vista, que muita coisa escrita acerca da flora brasileira, condensada em livros ou esparsa em periódicos, na sua grande maioria é de difícil aquisição ou consulta. As informações popularizadas (somente na mídia digital) talvez contribuam de alguma forma, no entanto, é preciso que as literaturas cheguem às mãos de na forma de livros, pois nem sempre informações de artigos técnicos e com linguagem simples, chegam a lugares em que a tecnologia ainda não alcançou.
Divulgar a importância econômica desta bela e nutritiva planta, o autor de “ORA-PRO-NOBIS: A carne de pobres” vem renovar sua proposta nessa 3ª edição, amplamente revisada e com mais informações técnicas.

5 de dezembro de 2016

Professor Estrella Eleito Diretor do CTUR

Luiz Carlos Estrella Sarmento, ou para seus alunos e ex-alunos, simplesmente "Professor Estrela". Professor do CTUR, Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de janeiro, desde 1977. Em sua carreira na instituição CTUR foi Coordenador da Área de Agricultura de 1980-1984, Coordenador da Área de Agropecuária 1985-1988, Chefe da Divisão de Assuntos Gerais 1988-1989, Diretor do colégio de  1989-1993 e eleito pela comunidade, para novo período entre 1993-1997. Secretário Executivo do Conselho Nacional de Diretores das Escolas Técnicas Vinculadas as Universidades Federais (CONDETUF) no biênio 1995-1997, assessor do Reitor da UFRRJ em 1997, coordenador do curso técnico em Agroecologia no periodo de 2009 - 2013 eleito pelos seus pares e ativo permanente da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-CTUR. Com vasta experiência na área de Agronomia, com ênfase em Irrigação e Drenagem e Gestão Escolar.
Com Licenciatura em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1976), com especialização em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro(1981), mestrado em Educação Agrícola pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006).
Este blog e seu editor (ex-aluno de Estrella), parabeniza o Professor Mestre Luiz Carlos Estrella por sua vitória na eleição e desejando sucesso em sua nova jornada da educação.

(Informações coletadas do Lattes em 04/12/2016)



22 de junho de 2015

Caminho da Fé - Agropecuária e Agroecologia em Andradas

Apesar de reconhecida pela mídia como a Terra do Vinho por sua tradição vinícola trazida por imigrantes do norte da Itália, a Cidade de Andradas, localizada geograficamente na posição Sul/Sudeste de Minas Gerais em plena Serra da Mantiqueira, tem sua economia voltada para a Agropecuária. Das outrora 72 unidades de produção, atualmente conta apenas com sete vinícolas, que atuam desde a produção artesanal até a mais modernizada técnica, no entanto, a produção é razoável: a fragilidade das empresas de vinhos foi maior que a exigência de mercado, embora ainda existam adegas centenárias na região.
Segundo dados de 2007 (IBGE), o destaque maior, pode ser voltado para o cultivo do café (Serra dos Lima), que continua, há décadas, sendo o produto agrícola que mais retorna em recursos financeiros para produtores e para a cidade de Andradas.
Há outros destaques de importância econômica, que são a produção de louça sanitária, a indústria moveleira (empresas de organização familiar que surgiram de pequenos negócios), confecções (de malhas, vestuário em tecidos diversos e moda em couro), tecnologia vegetal, voltada para mudas de morangos produzidas para todo o Brasil e laticínios. A permanência de algumas indústrias na cidade é graças ao fornecimento de Gás Natural Liquefeito (GNL).
Outras culturas econômicas, tais como, pecuária, banana, rosas, fabricas de doce, biscoito e bolacha, reforça e configura o atual perfil econômico de Andradas.
O processo da formação histórica tem forte influência da imigração e da cultura italiana, com isso, conformou um perfil sociológico diferenciado em relação aos municípios vizinhos, que influi e aparece em diversos indicadores de desenvolvimento econômico e de qualidade de vida. A polarização exercida por Poços de Caldas, a proximidade com as cidades paulistas de Campinas, Águas da Prata, Espírito Santo do Pinhal, Mogi Mirim, Mogi Guaçu e a própria capital (São Paulo), inclusive, pelo o afastamento econômico, político e cultural da capital mineira, definem fluxos e expectativas econômicas da simpática Andradas.
Dentre os atrativos culturais, há a Igreja Matriz de São Sebastião que é o Padroeiro da cidade e tendo sua imagem tombada por órgão de patrimônio histórico; a Casa da Memória e o Teatro Municipal que merecem ser visitados. Como rota de peregrinação, Andradas, conta desde 2003, com o “Caminho da Fé” – Baseada no Caminho de Santiago de Compostela na Europa. A rota tem 415 quilômetros de extensão que sai da cidade de Tambaú em São Paulo, passando por várias outras, inclusive Andradas, que foi a primeira cidade vizinha a fazer parte do Caminho da Fé, pois a origem da rota de peregrinação é Águas da Prata. A cidade também está incluída no roteiro dos Caminhos Gerais e da Rota das Capelas, mas não conta com infra estrutura para o turismo religioso, principalmente, para o Caminho da Fé, com maior movimentação, para os que seguem para o Santuário de Aparecida do Norte.
Nos esportes, oferece como atrativos locais propícios para a prática de aventura, os mais conhecidos: o Pico do Gavião e do Pântano que oferecem atividades como trilhas, rapel, tirolesas e voo livre, ou seja, o foco tem sido o ecoturismo, sendo a Pedra do Elefante (11 km do centro da cidade), Gruta das Queixadas, Toca das Andorinhas e, principalmente, o Pico do Gavião são os pontos mais conhecidos.
Cafezal - Serra dos Lima (Andradas)




30 de maio de 2015

Caminho da Fé – Agropecuária e Agroecologia de Águas da Prata

Águas da Prata, localizada na Serra da Mantiqueira proporciona em seu território uma natureza vasta e exuberante com belas paisagens e lindas cachoeiras. Por fazer divisa com Minas Gerais, Águas da Prata também guarda um histórico riquíssimo dos tempos áureos do café e da revolução de 1932, onde foi palco de alguns confrontos. Contrariando toda uma tradição histórica brasileira, em que os povoados surgiam ao redor de capelas e igrejas, Águas da Prata nasceu ao redor de uma estação ferroviária, em função do ciclo do café.
Logo após uma divisão administrativa do Brasil, no ano de 1933, o Distrito de Paz de Águas da Prata, figurava no Município de São João da Boa Vista. Elevado à categoria de município, passou a denominação de Estância Hidromineral de Águas da Prata, em julho de 1935 e com uma das principais atividades econômicas, a exploração de suas fontes de água, fato que a tornou reconhecida nacionalmente. Devido às características de seu relevo e clima ameno, o município tem um inegável potencial turístico, atrelado às qualidades medicinais de suas águas e à riqueza da diversidade da fauna e flora locais, poder-se-ia viabilizar um maior crescimento econômico cujo “produto” seria a preservação do meio ambiente, mas não tivemos essa visão em maio de 2015, ao percorrer o Caminho da Fé, projeto que se iniciou em 2003.
O desmatamento na região, bem como, a atividade mineraria traz consequência irreparáveis, tais como o “secamento” de nascentes e de cursos d’água, o assoreamento dos rios, a esterilidade da terra, a destruição dos ecossistemas naturais, trazendo a extinção de centenas de espécies de fauna e flora, a destruição da paisagem, riscos geológicos, sérios problemas na qualidade do ar e mudanças climáticas.
A importância de todo complexo ambiental e paisagístico de Águas da Prata é indiscutível, pela excepcionalidade das características existentes. Levantamentos feitos por biólogos e ecólogos apontaram que na região há espécies de mamíferos e de pássaros ameaçados de extinção. Levantamento arqueológico também dá conta que existam no lugar sítios arqueológicos importantes, além do que a área a ser minerada é facilmente sujeita à erosão.
Na área rural, o município deveria está sustentado pela agropecuária, distribuída no plantio de café com 1.100 ha; de batata com 450 ha; pecuária de leite e corte e suinocultura, das quais não se encontra dados estatísticos confiáveis da produção. No perímetro urbano a economia está vinculada pura e exclusivamente ao engarrafamento de água mineral.
Águas da Prata deve sua existência em razão de grande quantidade de sais minerais encontradas em suas águas, sendo que a origem do nome vem de uma corruptela do Tupi Guarani “Pay tâ” que ao ser pronunciada pelos portugueses tornou-se “Prata”.  “Pay tâ” que quer dizer em Tupi Guarani “Água Dependurada” em virtude da alta mineralização de águas que ao escorrerem próximas as minas, formam estalactites.
Nos primeiros tempos, constataram-se, através de uma primeira análise, as múltiplas propriedades medicinais das águas existentes na região. A divulgação propagou-se e iniciaram-se as margens da ferrovia a construção das primeiras casas. Em 1876 foi instalada a primeira engarrafadora de água no então Bairro de São João da Boa Vista, que mais tarde passou a Distrito com denominação de Estância Hidromineral, obtendo sua emancipação político administrativa em julho de 1935. A descoberta da fonte de água mineral, na margem do Ribeirão da Prata, em 1876 foi pelo dentista Rufino Luiz de Castro Gavião, que ali fazia caçadas, é atribuída ao acaso. O tal caçador percorria as terras de um lugar chamado Alegre, quando percebeu a preferência dos animais silvestres pela água da nascente, resolvendo prova-la, surpreendeu-se com suas qualidades. O fato foi relatado e comprovado por outras pessoas.
Com a inauguração do ramal da Estrada de Ferro Mogiana, ligando Cascavel (hoje Aguaí) a Poços de Caldas, em 1886, despertou o interesse dos cafeicultores da região para a estação de embarque da ferrovia no vale banhado pelo Ribeirão das Prata e o Córrego da Platina, que passaram a construir suas residências junto à estação, nascendo então um povoado, em 1913, e uma empresa para o fim em questão, fez surgir toda infraestrutura necessária na região.
Em 1916 fez-se o primeiro hotel e, por iniciativa particular de seus moradores, foi efetuada a análise química da água das fontes, constatando-se suas propriedades alcalinas. A vocação para Estância Hidromineral consolidou-se quando químicos do Departamento Geográfico e Geológico do Estado, pesquisando a região, fizeram prospecção das fontes, comprovando a viabilidade da exploração econômica de sua mineração.
É nessa pequena cidade que no dia 15/08/2003 foi criado o Caminho da Fé, caminho esse inspirado no milenar Caminho de Santiago de Compostela (Espanha), do qual é possível percorrer 300 km pela Serra da Mantiqueira por estradas vicinais, trilhas, bosques e asfalto, proporcionando momentos de reflexão e fé, saúde física e psicológica e integração do homem com a natureza. A iniciativa proporciona e contribui com o desenvolvimento econômico e social das pequenas cidades ao longo do percurso, propiciando a integração cultural de seus habitantes com a dos peregrinos oriundos de todas as regiões do Brasil e de diferentes partes do mundo.





29 de maio de 2015

Caminho da Fé - A agroecologia na Mantiqueira

Serra da Luminosa
Caminho da Fé na Serra da Mantiqueira, atravessar a pé por 11 dias essa região, não foi só um desafio, mas, uma das maiores emoções de nossas vidas. O ordeiro povo, a cultura cabocla, a gastronomia regional e a agricultura familiar, serão os próximos assuntos aqui no blog e no perfil do Google+.
            A Serra da Mantiqueira é o mais importante maciço montanhoso do país e que se espalha pelas divisas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mantiqueira se origina do tupi-guarani e significa “Serra que chora”, assim denominada pelos índios que habitavam a região e devido à grande quantidade de nascentes e riachos encontrados em suas encostas. É nela também que estão localizadas as mais afamadas fontes de águas minerais do país nas regiões de Caxambu e São Lourenço em Minas, Campos do Jordão e Poços de Caldas e Águas da Prata. É nessa região em que se consolidou o chamado Caminho da Fé, feitos por peregrinos de todo o Brasil e até mesmo do exterior, isso desde 2003.
            A Serra da Mantiqueira integra o ecossistema da Mata Atlântica que possui uma das maiores biodiversidades do planeta. Apesar da ocupação das terras principalmente para a exploração da pecuária, existem ainda regiões de mata muito bem preservadas onde encontramos uma impressionante variedade de árvores como o jacarandá, cedro, canjerana, guatambu, ipês, canela, angico, jequitibá, e também a araucária (ou pinheiro-brasileiro) e o pinheiro-bravo, típicos do clima tropical de altitude. Este também é o “habitat” ainda hoje, de uma fauna variada onde se destacam o veado campeiro, o lobo-guará, a onça parda, o cachorro-vinagre, a jaguatirica, a paca, o bugio, o esquilo e o ouriço caixeiro. E entre as aves, a gralha-azul, o tucano, a maritaca, o inhambu, o jaçanã, a seriema e o gavião carcará.
            A Mantiqueira é a região preferida pelos alpinistas e “trekkers” onde no inverno, que coincide com a estação seca, pode-se subir alguns dos picos mais altos do país, tais como, a Pedra da Mina com 2.897 metros de altitude.  É lá também que estão algumas das cidades brasileiras com maior altitude, como Campos do Jordão/SP, com seus 1.620 metros. Um local muito procurado por amantes de esportes radicais é o Complexo da Pedra do Baú.
No início da ocupação do Brasil a Mantiqueira foi um grande obstáculo a ser vencido para as expedições que iam para o interior em busca do ouro e das pedras preciosas. Vários desbravadores paulistas, entre eles Fernão Dias Paes Leme, abriram e consolidaram durante a segunda metade dos séculos XVI e todo o século XVII, um caminho que se iniciava no Planalto Paulista, seguia pelo Rio Paraíba passando por onde estar hoje a cidade Pindamonhangaba, entre outras.
            Ao fim da jornada estão a grandeza e a imponência do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o segundo maior templo católico do mundo, atrás apenas da Basílica de São Pedro, no Vaticano. A Passarela da Fé conduz os fiéis da Matriz de Nossa Senhora Aparecida (chamada de Basílica Velha) ao santuário, que já recebeu a visita oficial de três papas desde a sua inauguração, na década de 80.
Cafezal na Serra dos Lima - Andradas/MG

Agricultura familiar em Cantagalo - São Bento do Sapucaí/SP

11 de agosto de 2014

Travessia Cobiçado-Ventania (Caxambu, o produtor de hortaliças) - Petrópolis/RJ

O autor do blog na região do Alto da Ventania - Petrópolis
Nesse ultimo dia 08/08/2014, fazíamos parte de um grupo convidado para percorrer a Travessia Cobiçado Ventania, mas, tivemos dois episódios de mal estar (650 e 945 metros), felizmente nada de grave, recobramos de forma permanente o sentido e abortávamos a missão para a nossa própria segurança e não retardar o resto da equipe da PANARSO que seguia em frente, com 23 pessoas de diversas categorias, como pesquisadores, aventureiros, amantes de esportes radicais e brigadistas da ICM-Bio.
A Trilha Cobiçado-Ventania no Município de Petrópolis no Rio de Janeiro é uma das belas trilhas da Região Serrana do Rio de Janeiro, com cerca de 12,5 km e desnível de 760m, onde se pode levar até 7 horas de caminhada. No termo técnico para atividade de “trekking” é classificada como “pesada superior”. Essa trilha faz parte do Projeto Caminhos da Serra do Mar (ICM-Bio). Muito procurada por aventureiros e tem como atrativos os diversos picos montanhosos na região, tais como: O Cobiçado, o Diabo, o Tridente e o Alto da Ventania. Iniciada pelo bairro Caxambu naquele município, a trilha nos oferece para contemplar espetaculares paisagens, mas, pode também, por outra visão técnica, visionar a preocupante e a desordenada atividade rural da agricultura familiar, nisso podemos notar a ocupação das encostas que é um problema recorrente, o que nos faz recordar da grande tragédia das chuvas de 2011.
Igreja N.S. da Penha e ao fundo o temido Morro do Cobiçado
Logicamente não foi um dia de campo para agricultores e nem fizemos parte de equipe de extensionistas, mas aproveitamos a nossa permanência no local para observar de forma técnica a localidade, que faz parte de uma das maiores produtoras de hortaliças do país. O bairro Caxambu se destaca e é um dos principais produtores de verduras e legumes.
O que vimos naquela região montanhosa e de difícil acesso consiste em plantios com revolvimento de solo, utilizando-se micro tratores e não utilizam plantas de cobertura para formação de palhada, por exemplo, e isso nos preocupou. Os pequenos tabuleiros com solo pedregoso (micro áreas) e encostas são desprotegidos, onde as hortaliças são semeadas ou transplantadas, dependendo do tipo de cultura em canteiros “planejados”. A região teve sua relevância na produção, sendo pioneira nos chamados orgânicos no Brasil iniciada na década de 1970.
Petrópolis é conhecida internacionalmente como uma cidade turística. No entanto, poucos conhecem das atividades agrícolas desenvolvidas nas chamadas Zona Rural. Na verdade nem mesmo os “petropolitanos” sabem direito que bairros chamados rurais, como o Caxambu são importantes produtores da cidade imperial e plantam legumes e verduras que abastecem todo o Estado do Rio de Janeiro. Vejam os vídeos nas próximas postagens, os vídeos produzidos na região.
Grande área desmatada com plantios de hortaliças
O autor do blog em outra área da região

24 de maio de 2014

O CAMINHO DE SABARABUÇU (ESTRADA REAL)

João Felix no Caminho do Sabarabuçu (Acuruí)
O Caminho de Sabarabuçu foi criado como uma rota alternativa entre o Caminho dos Diamantes e a cidade mineira de Ouro Preto. Seus 160 quilômetros conectam os distritos de Cocais (Barão de Cocais) e de Glaura (Ouro Preto). Esse atalho ou variante encurtava a distância entre o Caminho Velho e Diamantina foi suficiente para abrigar lugares com muita história para contar.
Há cerca de trezentos anos, as serras íngremes do trecho, cortadas por cursos d’água como o rio das Velhas, eram vistas como verdadeiros tesouros, onde seria possível achar ouro e outros metais preciosos. Essa crença devia-se ao brilho que a atual Serra da Piedade (antigo Pico de Sabarabuçu) tem. O que os bandeirantes imaginavam ser ouro era, na verdade, o minério de ferro do topo da montanha (atual Santuário da Piedade), que refletia a luz do sol.
O caminho ainda existente margeia o rio das Velhas e tem a Serra da Piedade, com os seus 1.762 metros como um dos atrativos. Com sua mítica história da serra que reluzia, aquela elevação montanhosa serviu como referência de localização para a chegada às minas a partir dos municípios de Raposos, Sabará e Caeté.
Percorrer a pé esse trecho da Estrada Real foi reviver, e com emoção, o passado e a história de Minas Gerais e do Brasil.
Caminhar pelo Caminho de Sabarabuçu foi possível imaginar, passo a passo, o árduo caminho percorrido pelos bandeirantes, tropeiros, naturalistas, incluindo os escravos, transportando grande quantidade ouro e outras mercadorias, se perpetuando na história. No trajeto, conhecemos figuras espetaculares: acolhedoras, alegres e folclóricas.
Naqueles tempos, havia os homens de simples fé, e aos que dominavam as virtudes teológicas: adesão e anuência pessoal a Deus e seus desígnios e iam construindo as ermidas em louvor aos santos de devoção, que hoje, muitas se tornaram matrizes e deram nome as atuais cidades do Estado de Minas Gerais.
Na atualidade, pouco se encontra sobre a agricultura familiar, emboramente o trecho é viável economicamente para a agropecuária, e para a dinamização em conceitos agroecológico.  
Percorrer o Caminho de Sabarabuçu a pé, foi à finalização de um projeto pessoal do autor desse blog, a edição do livro “ESTRADA REAL – Capelas: A conexão da fé entre Velhos e NovosCaminhos”, que contará com prólogos dos amigos: Jornalista Marcia Leitão e do Escritor Silas da Fonseca.

19 de março de 2014

SANDRA BARROS SANCHEZ



O autor desse blog teve oportunidade de ser aluno de ensino técnico (CTUR/UFRRJ) em duas disciplinas: Agroecologia e Grandes Culturas e ainda, ter o privilégio de proêmios escritos pela Doutora Sandra em duas edições do livro “ORA-PRO-NOBIS – a carne de pobres” pelo Clube de Autores/Agbook. Falar da Professora Sandra Sanchez é tão simples como ela própria foi, no que nos permiti aqui homenageá-la. 
Nascida em julho de 1962 no Rio de Janeiro, a Doutora Sandra Barros Sanchez, já graduada, iniciou carreira acadêmica em 1986 em Licenciatura em Ciências Agrícolas; Mestrado em Agronomia (Ciências do Solo - 1998) e Doutorado em Agronomia (Ciências do Solo - 2002) pela Universidade Federal Rural do Rio deJaneiro.
Professora de Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Colégio Técnico da UFRRJ. Ocupava o Cargo de Diretora Substituta do CTUR e Vice Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação Agrícola (PPGEA) da mesma Universidade.
Com vasta experiência nas áreas de ensino da produção vegetal, animal, agroecologia e Metodologia do Ensino e da Pesquisa, atuando nos temas: ensino da agroecologia, ensino agrícola, interdisciplinar, aprendizagem e educação profissional.
Para os que tiveram a oportunidade de ser assistidos (ensino técnico, orientações de mestrado e doutorado) afirmam que ela não se detinha apenas em ensinamentos técnicos ou práticas pedagógicas, era simplesmente uma humanista.
Premiada em alguns, encabeçou ou teve efetivas participações em inúmeros trabalhos acadêmicos, linhas de pesquisas, projetos, extensão e desenvolvimento, além de artigos completos publicados em periódicos, bem como, destacadas presença em Congressos e Seminários. Um foco comum de seus trabalhos era o manejo ecológico na utilização dos recursos naturais adequados ao clima e ao solo, o que para nós, seria comparável aos de Ana Primavesi.
A superfluidade de palavras seria exagero, para ilustrar aqui a Professora Sandra, por sua importância para o ensino coetâneo, hodierno e porvir. A Professora Doutora Sandra Barros Sanchez, faleceu no dia 10 de março de 2014.

Saiba mais sobre a Doutora Sandra Sanchez:
Sempre ladeada por alunos, Dra. Sandra Sanchez

11 de março de 2014

SANDRA BARROS SANCHEZ


Doutora Sandra Barros Sanchez
"Monstros da Sabedoria"
Desde 2011 esse blog homenageia notáveis figuras da ciência e da educação. Notáveis esses que se destacaram em teorias e ciências educacionais. Foram lembrados aqui: Francisco Freire Allemão, Ana Primavesi, André Voisin, NelsonPapavero e Ernst Leuenberger.
Procuramos obedecer a uma linha cronológica de seus feitos, mas em suas épocas, pelos domínios de fundamentos filosóficos e históricos da educação. Alguns promoveram reflexões sobre a educação agrícola em diferentes modalidades. 
Há uma grandíssima lista desses “monstros da sabedoria” e, é certo que poderíamos obedecer aqui uma ordem para destacar nomes. Esse blog quebra hoje, mais uma vez essa ordem e vamos homenagear na próxima publicação, a Professora Doutora Sandra Barros Sanchez, Professora e Vice Diretoria do Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, que nesse dia 10 de março veio a falecer.
A Doutora Sandra Sanchez, apreciadora desse site, sabia que parte dos conteúdos aqui publicados eram inspirados nos seus ensinamentos e que este humilde autor (do blog) era apreciador e um favorecido da forma simples de educar, dessa douta senhora.

23 de outubro de 2013

CLUBES DE AUTORES tem Site com novo formato


Prezados leitores, antes de tudo quero agradecer a freqüência de visitas em nosso blog para apreciar as nossas postagens.
Como sabem, também divulgo nesse espaço as obras de nossa autoria (a esquerda da página) que são publicadas no CLUBE DE AUTORES e no AgBook.
O CLUBE DE AUTORES suprimiu em sua livraria o tema AGROPECUÁRIA, link que contém 67 títulos de variados autores e também estavam os nossos livros, nisso muitos leitores estão tendo dificuldades de acessar a página com nossas obras. 
Isso gerou grande empecilho na hora da compra de livros de preferência.
Então, para encontrar nossos livros, entre no site, no link autores e escrevam o nome do seu preferido ou ainda, caso saiba o nome da obra, procure pelo título.
Os que acompanham esse blog, basta clicar na foto (a esquerda) do livro que um atalho direcionará o de preferência para compras ou ainda, no agBook, basta acessar o link: https://agbook.com.br/authors/34644 e todos os livro estão em uma só pagina.
Obrigado pela preferência e boa leitura. 

8 de setembro de 2013

ESTRADA REAL - CAMINHOS E CAPELINHAS


Capela de Santana em 1894 - Arraial do Curral del Rei (Belo Horizonte)
Fonte: APCBA - Acervo: CCNC
Os desbravadores e viajantes para suprir suas necessidades, foram formando roças (com minguados plantios), pousos e desordenados povoados. No convívio com os povos primitivos foram impondo sua cultura, adaptando às condições naturais e sociais encontradas, interagindo com os povos nativos, gerando formas novas de se expressar, inclusive, mostrando sua fé.
Ainda ao fim do século XVIII pequenos povoados se formavam, a maioria com não mais de 30 casas cobertas de sapé (Imperata brasiliensis) e pindoba (Attalea allenii), onde se erguia uma capelinha singela, de igual cobertura, quase sempre situada à margem de um rio ou córrego.  Para se chegar até ali, iam se abrindo perigosos caminhos.

As histórias ocorridas nesses caminhos se vincularam ao ciclo do ouro, e com elas, a produção do patrimônio cultural, material e imaterial, produzido nos primeiros tempos de colonização, vindo a sacramentar a nossa belíssima História.
Ao longo desses caminhos, ainda existentes, que se tornaram Estradas Reais, podem ainda ser encontrada a maioria das capelas e igrejas construídas na época da mineração, embora apresentem modificações em suas estruturas e nos detalhes artísticos.
Não são poucas as capelas que compõem significativos cenários regionais. Algumas são imponentes, foram subsidiadas pela economia mineira para construir templos tão bem elaborados como as atuais das cidades do estado de Minas Gerais. Outras são pequeninos templos, significativos, mas que correspondem aquele modo de viver da população, muito simples, ligado praticamente a uma economia de subsistência, de beira de estrada.

Acrescido do ululante reforço da fé, aquelas erigidas de sapé e pindoba, não ostentavam esmero artístico. Segundo Tirapelli (1984) "As primeiras estruturas das igrejas desse período possuem acentuada dominância do artesanal sobre o artístico".

As capelas distribuídas ao longo do Caminho do Sabarabuçu marcam a paisagem, avivam a memória histórica e constituem parte significativa do patrimônio cultural.  Elas merecerão destaque em nossa jornada, feito a pé (180 km), e irão compor as ilustrações do livro “De Iguaçu ao Sabarabuçu,entre Velhos e Novos Caminhos”, de nossa autoria.








Literaturas lidas para compor esta postagem:

TIRAPELLI, Percival. A Construção Religiosa no Contexto do Vale do Paraíba - Estado de São Paulo. São Paulo: Dissertação de Mestrado, 1983.
ZEMELLA, Mafalda P. O Abastecimento de Minas Gerais no século XVIII. São Paulo: HUCITEC,
EDUSP, 1990.
ABREU, Capistrano de. Caminhos Antigos e Povoamento do Brasil. 2a. ed., Rio de Janeiro: Livraria Briguet, 1960.

Outras obras foram lidas e consultadas, entre os meses de maio e agosto de 2013:

Biblioteca Nacional – Rio de Janeiro

Real Gabinete Português de Literatura – Rio de Janeiro

23 de agosto de 2013

Estrada Real - De Iguaçu ao Sabarabuçu

Torre remanescente (ruínas) da Igreja N.S. da Piedade Iguaçu/RJ
Não restam dúvidas que o Ciclo do Ouro foi responsável pela formação de um grande número de cidades, inclusive da expansão da atividade agropecuária, até então restrita à proximidade da faixa costeira.
Não é de fácil compreensão, mas, é possível notar que os primeiros núcleos de povoação não surgiram em torno de uma única e pura atividade econômica, a exploração mineral, por exemplo, para sustentar interesses e poder. Era preciso demonstrar de forma material, construindo algo que pudesse ilustrar a força, financeira e politica.
Em anotações documentais desde a colonização, foi possível notar (em nossas leituras) essa força, com o erguimento de capelas e igrejas em determinadas regiões, que demonstrava a importância e o que um território representava perante o poder secular e o poder eclesiástico. Essa postura, inicialmente, configurava em uma “célula” que daria o surgimento de uma aldeia, uma freguesia, uma vila e mais tarde, talvez, uma grande cidade.
Os colonizadores não eram por completo devotos. Alguns demonstravam religiosidade como forma de justificar o aquinhoamento de longas extensões de terras adquiridas, e com isso, iam “patrocinando” sua fé.
 A construção de capelas particulares era um hábito comum e muitas delas se destacam, três séculos depois, devido aos significados históricos e por representar nos dias atuais, uma expressão viva dos primeiros séculos da formação de nossa cultura nacional, alguns atrelados apenas a costumes regionais.
À História dos caminhos e descaminhos do ouro, pode-se vincular a produção do patrimônio cultural, material e imaterial, produzido nos primeiros tempos de colonização. Os desbravadores e viajantes, para suprir suas necessidades foram formando roças, pousos, povoados e construindo capelas. Outros, apenas de passagem, escrituravam as atividades “domésticas” e não demostravam seus valores espirituais.
Ao longo da Estrada Real (caminho velho e caminho novo) pode-se ainda encontrar a maioria das capelas e igrejas construídas na época da mineração, embora apresentem modificações em suas estruturas e nos detalhes artísticos. Pode-se perceber que não foram poucas e que acabaram por compor significados em cenários regionais.
Lamentavelmente, importantes delas para nossa história, não mais existem ou encontram-se atualmente com poucos vestígios materiais e artísticos das edificações, algumas são apenas ruínas ou estão descaracterizadas da sua concepção original.
É preciso salientar que as maiorias construídas nos primeiros séculos de colonização, foram demolidas naquele mesmo período e nos seguintes, devido aos seus pequenos portes e por terem sido construídas com materiais não duráveis.

Em nossa jornada no Caminho do Sabarabuçu, que será transcrita no livro de nossa autoria: "De Iguaçu ao Sabarabuçu - Capelas: A conexão da fé entre Velhos e Novos caminhos
Igreja Nossa Senhora do Pilar

Citaremos nos escritos de nossa jornada a Igreja Nossa Senhora do Pilar, uma edificação (sagrada) significativa do conjunto de bens imóveis, do que se refere à Estrada Real, cujo nas imediações dava acesso para o Caminho Novo, expandido, na época, a Freguesia de mesmo nome, uma das mais antigas e importantes de todo o período colonial, das mais bem sucedidas freguesias da Vila de Iguaçu (hoje Duque de Caxias), possuía um engenho de açúcar e produzia aguardente, milho, feijão e café.

Assim será a nossa jornada, buscando essas riquezas.  
Capela de N.S. da Expectação do Parto (Igreja do Ó) - Sabará

Capela de Santo Antonio do Pompeu - Sabará

Igreja Nossa Senhora da Conceição do Marapicu

14 de agosto de 2013

Estrada Real - De Iguaçu ao Sabarabuçu

Está bem próximo de se concretizar o início de nossa jornada na Estrada Real. Logicamente não será percorrida toda à extensão dos 1400 km em buscas de histórias já consagradas e contidas em afamadas literaturas que falam do Caminho Velho e do Caminho Novo. São encantadores os relatos escritos de fatos ocorridos nas extensões desses caminhos, nos “adamantinos” e da “serra resplandecente”.  Nesses sim, vamos percorrer e num deles, faremos a pé. 
Ao longo do período colonial, sucessivos movimentos de penetração registravam ocorrências do encontro de metais preciosos, e com eles, fatos ocorridos que se perderam ou não foram anotados, mas é possível notá-los em lendas e “causos”, que se ilustram a partir dos surgimentos de núcleos de atividades extrativas, nos quais, apesar do caráter geralmente modesto, atraiam na época, pioneiros para a produção de riquezas supostas abundantes.
Muitas dessas incursões sertanistas foram malogradas, que deixaram na bancarrota afamados nomes, que se sustentavam em “opulentas lorotas”. Quem diria que um desses foi o próprio Caçador de Esmeraldas, que vendeu todo o seu gado, ouro e prata, juntando 6 mil cruzados para armar sua própria bandeira, que na ocasião, sua esposa Dona Maria Garcia Rodrigues Betim, muito mais jovem, implorou-o para que não se empreitasse nessa jornada, pois além da avançada idade, já havia "torrado" as economias da família para montar a que se tornaria a famosa bandeira das esmeraldas.
Vamos buscar fatos que mesmo escritos em documentos, não agraciou caminhantes e cavaleiros, alguns sem conhecimento acadêmico; que não foram intitulados como naturalistas, mesmo por seus relatos devidos os seus aos olhares atentos e curiosos e que não eram financiados por governos europeu.
Museu do Ouro - Sabará/MG
Inúmeros relatos e manifestos se perderam, não foram consagrados por historiadores ou simplesmente estão ocultos em manuscritos empoeirados em bibliotecas, protegidos em redomas ou sem permissões de serem folheados. Muitos relatos são manifestos relacionados as atividade econômica, com estímulos ao comércio de gêneros e à produção agrícola e pecuária. Outros, não denigrem, mas demonstram as práticas desrespeitosas ao meio ambiente, já aquela época, pois muitos se preocupavam apenas com a mineração ou com as nocivas, mas necessárias monoculturas.

Os exemplos desses relatos, temos o de Saint-Hilaire, que constata em um trecho da Estrada Real: “Os morros que a rodeiam são cobertos por uma relva pardacenta e exibem a imagem da esterilidade”. E ainda: “todo o sistema de agricultura brasileira é baseado na destruição de florestas e onde não há matas, não existe lavoura.”

Os de Joaquim Felício dos Santos, escrevendo em 1862, identificando o mineiro como: Alegre, pródigo, descuidado, indiscreto, só vê o presente; o agricultor é severo, econômico, amante da riqueza, desconfiado, circunspecto e inimigo dos prazeres ruidosos... a vida do agricultor é tranqüila, pacífica, serena; ele só se inquieta com as irregularidades das estações; a vida do mineiro, por seu turno, seria cheia de azares, de vicissitudes”.

O de um insatisfeito tropeiro que relata: “Do alto da Mantiqueira, descia-se as vertentes do Rio Verde, já em território de Minas Gerais, passando-se pelos pinheirais, cujos frutos sustentavam os mineiros, comuns as roças de milho, feijão e outros gêneros alimentícios que, junto com animais domésticos, são vendidos por preços exorbitantes”.


Estrada Real (caminho do Sabarabuçu)

Dessas riquezas iremos a buscas, De Iguaçu ao Sabarabuçu entre Velhos e Novos Caminhos

















25 de junho de 2013

Estrada Real – Novas andanças


Escritor Silas Fonseca - Pompéu-Sabará/MG
Entre as idas e vindas dos sertões em buscas e transportando riquezas, desde o século XVII, alguns caminhos foram abertos estrategicamente pela Coroa Portuguesa, ligando antigas regiões das minas ao litoral do Rio de Janeiro, passando ainda por São Paulo.
Constituída basicamente pelas vias de acesso, os pontos de parada, as cidades e vilas históricas se formaram durante o passar dos homens e do tempo. Assim é a Estrada Real e entre os Velhos e Novos caminhos, ainda é possível encontrar riquezas: as artesanais, religiosa e literária. 
Zoroastro Viana Passos, Fernando de Mello Vianna, Cândido José de Araújo Viana (Marquês de Sapucaí), Júlio César Ribeiro Vaughan, Aníbal Monteiro Machado e Raimundo Machado de Azevedo, são nomes que se tornaram “joias” dentre tantas outras riquezas que ajudaram a compor parte de nossa história.
Há outros, que ainda encontramos por ai. São artesãos, que perpetuam artes e ofícios herdados dos pais e avôs; talentosos artistas populares e contadores de histórias; cozinheiras criativas; pintores e artistas plásticos que usam as cidades como tema. 
Na estrada Real é possível encontrar cidadãos simples, como Silas Fonseca, que para muitos, seria um comum, pois sua singeleza não nos permite perceber o seu talento. Em nossas andanças pelas gerais, encontramos esse exemplar, que luta para preservar importantes bens naturais e patrimoniais, um literato e ingênito “mineirim” que transmite em prosa e poesia, culturas e costumes. Sua grandeza é enobrecida por conservar o seu meio ambiente e os laços familiares vindos desde o Sô Ismael”, seu pai.


Não será preciso arrancar e sacudir tufo de mato para achar, mas assim, será a nossa jornada, a pé, os 180 km do Caminho do Sabarabuçu buscando essas riquezas.