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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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9 de junho de 2011

Novas andanças: Tração animal – Carroceiros de Nova Iguaçu (Parte III)


Em todas as cidades do Brasil é possível perceber que carroças (por tração animal), infelizmente, fazem parte da paisagem, promovendo por vezes, acidentes com automóveis. É possível ver também, animais soltos pelas estradas, pastando ou doentes e acabam sendo atropelados. Iniciativas podem melhorar as condições de trabalho e de vida dos carroceiros e de seus animais, evitando assim acidentes e valorizar esse digno trabalho.
E é o que muitas prefeituras tentam fazer, promovendo ações e com resultados até satisfatórios, através de projetos multidisciplinares, no que valoriza e melhora a vida dos carroceiros, inclusive, alcançando valor social no local. É preciso politicas públicas adequadas que visem o contexto de pobreza econômica e exclusão social em que vivem os donos dos animais de tração, que realizam um trabalho pressionado por ativistas contrários ao uso de animais, com o pretexto que as populações são expostas a um quadro de elevada degradação ambiental, com a formação de lixões em áreas urbanas e que esse tipo de trabalho também impõe aos animais uma vida de castigos, privações e maus tratos. É preciso também, que projetos saem do papel e o ativismo contrário apresente propostas de soluções nas ações, sem precisar denegrir, marginalizar ou desmerecer o “carroceiro” como mero catador de lixo. Não podemos classificar os carroceiros como malfeitores e os que não respeitam o bem estar dos animais, deve ser orientados e capacitados, para que respeitem códigos de conduta de cada cidade.

Com o desordenado número de carroceiros, o município de Nova Iguaçu, precisa de iniciativas para minimizar o crescente número, ordenar e valorizar essa atividade, que de alguma forma, é útil nas comunidades. Sendo exemplo de algumas prefeituras que citamos a seguir, enquanto isso, continuamos em nossas andanças.

· Campos/RJ – Visando regularizar a situação dos carroceiros, evitar multas e recolhimento das carroças e animais. A prefeitura cadastrou os carroceiros para ajudar e facilitar na limpeza do município e exigindo o cumprimento da legislação. Uma das finalidades da operação não era só regularizar a situação dos carroceiros, também a saúde dos animais, colocadas ferraduras e realizadas vacinações obrigatórias;

· Curitiba/PR – O “Projeto Carroceiros de Curitiba” recebeu até homenagem. Um projeto de extensão da Universidade Tuiuti do Paraná, que visa garantir o bem estar de cavalos utilizados por coletores de materiais recicláveis de Curitiba, o projeto possibilita que os cavalos de catadores realizem exames gratuitos ambulatoriais visando à saúde dos animais. Além disso, os cavalos são cadastrados e seus proprietários recebem informações sobre a melhor maneira de tratá-los;

· Distrito Federal/DF – Um Decreto foi publicado em 2006 e instituiu o “Projeto Limpeza a Galope”, no programa a intenção era manter a limpeza da cidade, preservar e conservar o meio ambiente e promover socialmente os carroceiros e as famílias deles. Pelo decreto, os carroceiros foram retirados do Plano Piloto e os veículos de tração animal só podem transitar nas vias públicas se estiverem registrados, licenciados e identificados;

· Maceió/Al – “Projeto Carroceiro Legal”. Desenvolvido pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), com o apoio do Ministério Público Estadual. A iniciativa visou melhorar as condições de trabalho e de vida dos carroceiros e de seus animais;

· Belo Horizonte/MG – Um projeto multidisciplinar da UFMG mudou a vida dos carroceiros e alcançou até reconhecimento nacional. Eles foram reconhecidos como profissionais, e puderam, inclusive, contribuir para o Instituto Nacional da Previdência Social como Carroceiros. Ganharam identidade, placa nas carroças e um amplo programa de atendimento a eles e a seus animais. Multidisciplinar, o projeto incorpora as escolas de Medicina e de Farmácia e a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. O Projeto “Solidariedade a galope” levar ao carroceiro a consciência profissional e destacá-lo como agente de preservação ambiental. O resultado positivo levou os carroceiros integrar, por exemplo, um programa de reciclagem de restos da construção civil;

· Ponta Porã/MS – Carroceiros que ganham a vida fazendo fretes na cidade são os maiores aliados e garantem a limpeza na área urbana da cidade. A Prefeitura cadastrou todos os carroceiros em um programa e que atuam na cidade. Só carregam cargas de entulhos, restos de materiais de construção e galhos de árvores podadas;

· Teresina/PI – Em conjunto com Associação dos Trabalhadores em Veículos de Tração Animal, no bairro São Joaquim, administrando cursos de capacitação profissional, como mecânica, marcenaria, carpintaria, pedreiro, eletricista e encanador. A prefeitura também ajudou na aquisição de novos animais para substituir utilizados pelos carroceiros e que tiveram que ser sacrificados em decorrência de enfermidades.

Um comentário:

  1. Apesar do projeto da UFMG, em Belo Horizonte, a situação é muito triste. Vocês não acreditam a situação que alguns animais utilizados por carroceiros são encontrados. É um tratamento que nenhum ser vivo merece. Muito triste...

    Vejam esse vídeo para ter uma ideia: http://www.youtube.com/watch?v=MNfbabXtvQA

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