Nossa visita no ponto de charretes de passageiros - Município de Queimados/RJ
Antes mesmo de expor aqui a nossa visão da importância econômica dos Carroceiros e Charreteiros, devemos antes de tudo, fazer algumas citações para melhor ilustrar o que vamos mostrar nas próximas postagens em relação à utilização dos Equídeos como “ferramenta” de trabalho.
Como afirma o Professor Otavio Domingues (Introdução a Zootecnia, 1960), os animais domésticos vivem e se multiplicam graças às funções fisiológicas peculiares aos órgãos de que são constituídos, e algumas dessas funções podem ser utilizadas pelo homem, que passou a tirar delas determinado proveito. Essa função resulta de uma utilidade ou serviço para o homem ao longo dos tempos, desde a sua inicial existência, são chamadas funções produtivas ou funções econômicas, ou ainda, funções zootécnicas.
A função econômica ou produtiva, nada mais é do que uma função que dá margem a uma utilidade para proveito do homem. Hoje, através do avanço da ciência, respeita-se o bem estar animal, ampliando mais a utilidade do próprio animal e também ao homem. Um bom exemplo, a função da qual resulta a força motriz.
É o caso do aproveitamento do Cavalo, do Jumento e seus híbridos. Dos híbridos, os Muares como “motor vivo” para transporte ou tração. Além desses, o Boi, o Búfalo, o Camelo, a Rena e até o Cão em menor escala são empregados.
Na mesma contextura disciplinar, o Professor Airton Antônio Castagna (aulas de Agroecologia/Zootecnia/FAGRAM), nos explicava que a agroecologia como produção científica, surgiu (1970) como ciência multidisciplinar, preocupada com a aplicação direta de seus princípios na organização social e no estabelecimento de novas formas de relação entre sociedade e natureza. Citava André Voisin, que dizia que a agricultura é "a ciência das condições locais" (produtividade do pasto). Quem atua neste setor, em especial são aqueles com formação específica em universidades, e não podem ignorar as peculiaridades locais, sob pena de cometerem, como muitos cometem, erros derivados da pretensão de quererem ambiente, econômico e ecológico, adaptado à tecnologia e não o contrário.
Aspectos sociais devem ser considerados e respeitados, pois deles, também, propõe-se o conhecimento dos “saberes local” e a sua conexão com conhecimentos científicos, e a utilização dos equídeos, pode ser sustentável, socialmente justo e economicamente viável.
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