Carroceiros no transporte de materiais de construção - Estrada de Madureira - Nova Iguaçu
Durante as postagens de Novas andanças: Tração animal, fizemos leituras de algumas análises que tratam da valorização da identidade social. Víamos nas leituras, que a maioria dos autores, manifesta e acreditam nos valores fundados na história e, na maneira como interpretam, condicionam representações possíveis de futuro, sem ignorar o passado (históricos).
Então, é importante que se resgate símbolos que tenham marcado de forma efetiva a identidade dos lugares e de suas comunidades, inclusive, de ações que marcam ou marcaram o cotidiano de grupos ou famílias, que sejam referencias e que não tenha havido sedição na história.
Os avanços tecnológicos vão encurtando os espaços e rompendo fronteiras, essa situação tende-se a agravar, fazendo urgir de forma emergente à construção de modelos de gestão. Para construção desses modelos, é necessário fazer reconhecimento (possíveis) da realidade local, através da caracterização condicional em todos os aspectos (ambientais, econômicos e sociais), cumprindo assim, objetivos pretendidos por grupos existentes. Com isso, a integração entre a informação e a educação é vital para o sucesso de ações, e é na sala de aula que pode ser lapidado novos valores, capazes assim, de exercer formas críticas de cidadania, com conhecimentos da realidade do habitat de seus cidadãos para serem capazes de transformá-los para o melhor, contribuindo assim, para uma melhoria na qualidade de vida em geral, no entanto, sem esquecer em conservar velhos valores (saberes local) que se tornaram fontes, que podem ser raízes de suas origens, onde, essas “raízes”, pode ser caracterizadas como símbolo étnico cultural.
Procurando intender o crescimento e a desordem na utilização de animais como força de tração no Município de Nova Iguaçu, nos deparamos com fatores preocupantes, pois, dentre as conversas com utilizadores de animais de tração, descobrimos que a maioria tem baixa escolaridade e são oriundos de outras regiões do país. Outros fatos também chamou nossa atenção, alguns carroceiros confessaram trabalhar em lojas de materiais de construção sem registro empregatício e não são os donos dos animais com que trabalham, além de não está ligados a comunidades tradicionais, bem como, a atividade, como única fonte de sobrevivência, não ser considerada fator cultural e de importância econômica.
Conversamos também com estudantes da rede pública de ensino fundamental e médio (municipal e estadual), nos confessaram não saber nada sobre o tema e não se lembram de abordagens em sala aulas, mesmo que em raríssimas vezes, o assunto fosse sobre meio ambiente. Desses estudantes, um pequeno grupo alegou conhecer a atividade de carroceiro e ser filho de um.
Além de nossas andanças, procuramos escritos científicos que abordassem especificamente o tema, e não encontramos, se não matérias jornalísticas de ocorrência urbana e sem importância cultural.
Diante das dificuldades de informações, estabelecemos uma rota para buscar conteúdos, percorrendo primeiramente as áreas urbanas e depois as Unidades de Conservação e as consideradas rurais, que ocupam mais de 50% do município, para entender o que vimos e mostrar os resultados nas próximas postagens sobre os Carroceiros de Nova Iguaçu.
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