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By tecnicoemagropecuaria.blogspot.com

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13 de maio de 2011

Novas andanças: Tração animal – Charreteiros de Queimados (Parte IV)

Antes mesmo de opinar sobre a importância econômica da atividade de Charreteiros no Município de Queimados no Rio de Janeiro, cabe-nos aqui fazer uma breve transcrição da demografia desta cidade e depois colocar a nossa visão técnica.

Emancipado em 1991 do município de Nova Iguaçu e integrado a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o município de Queimados (Baixada Fluminense) ocupa uma área aproximada de 76,921 Km2, margeado pela Presidente Dutra (Km 196,5 sentido Rio x São Paulo - principal acesso), uma das mais importantes rodovias do Brasil, com sistema viário e ferroviário e dado a “proximidade” com a capital torna-se importante. Esta cidade cresce a cada dia em serviços públicos, comércio, indústria e população, por não ter divulgado a oficialização de reforma urbana (não tivemos acesso aos dados) é considerada ainda como área rural (mais não tem expressão na produção agrícola). Como qualquer outra cidade, também tem suas deficiências, como exemplo, no transporte local. Pela distancia do centro e difícil acesso para alguns bairros, por falta de pavimentação, interesse empresarial e politico, alternativas vão surgindo desordenadamente, mesmo que alguns tentam se organizar e regularizar nos moldes da lei (moto táxi e kombis). Entre as alternativas utilizadas pela população para locomoção no município de Queimados é o uso de bicicletas e transportes tracionado por equídeos (carroças e charretes).

O tradicional e mais popular que serve os munícipes, são as 60 charretes puxadas por cavalos, circulando das 03h30min às 23h30min, todos os dias, num trecho de 15 km, do centro ao bairro Nova Cidade (ida e volta), que dura em média 25 minutos, sendo atendidas (segundo os charreteiros) cerca de 500 pessoas, custando Cr$ 1,00 (Hum real) por passageiro. Este “serviço de alta rotatividade” em particular, além de importante, desperta curiosidade e tornou-se uma atração, sendo objeto e inspiração de “escritos” jornalísticos, estudantis, literários e científicos. Emboramente existente por mais de 50 anos, a atividade de Charreteiros do município de Queimados, ao contrário do que se divulgam, não tem uma regulamentação própria. É amparado apenas pela Seção V - Artigo 16 (partes I ao VII) da Lei Ordinária n° 393 de 03 de maio de 1999, que Institui o Código Ambiental do Município de Queimados.

Com o consentimento de alguns trabalhadores charreteiros, fizemos uma averiguação “oficiosa” nos animais, no que concerne ao escore corporal, tratamento utilizado para o manejo de tração, cuidados com alimentação, equipamentos e manutenção, instalações e ambiente para o repouso dos animais. Não fizemos questionários, aplicamos apenas a nossa visão técnica para melhor analisar a importância econômica da atividade naquele município. Pelo que constatamos, carece de orientações básicas para a preservação da sanidade e bem estar dos animais, a garantir a prestação do serviço e manter a tradição, pois apesar dos esforços, são aparentes algumas irregularidades, especialmente, no manejo alimentar, excesso de carga e horas de trabalho. Corrigido isso, evitaria a contestação de ambientalistas e defensores, contrários ao uso de animais para a força motriz, que não consideram os embasamentos científicos com a realidade local.

No próximo post, faremos uma breve abordagem do que apuramos do perfil sócio econômico e demográfico dos trabalhadores charreteiros do Município de Queimados e tecer alguns tópicos da caracterização dos animais, comparando e de acordo com algumas obras publicadas de dados zootécnicos e veterinários e do que apuramos no local.



2 comentários:

  1. acho que deveria padromizar essas charetes elaa estão um lixo.,

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  2. Escravidão = tradição, economia... Já vi isso na História antes.

    Escravidão não se fiscaliza, não se regulamenta, se abole. Precisamos pensar além, fora da caixinha e evoluir. Pensar em soluções, mudanças, transformações.

    1- Tirar essas pessoas da linha da miséria e oferecer capacitação e encaminhamento para postos de trabalho dignos.

    2- Implementar transportes substitutivos, como carrinhos elétricos e ecológicos.

    3- Encaminhar os animais hoje escravizados para "fiéis depositários" onde se aposentarão e não mais gerarão descendentes escravizados.


    PS: Cavalos também são grandes transmissores de zoonoses, expondo a população a doenças! Principalmente esses que estão sob o julgo de carroceiros, que não possuem recursos para manter um animal desse porte.

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