Pereskia aculeata Mill
Andanças nas Minas Gerais - Sabará
Vejam as fotos no final do texto:
Logo que comecei a pesquisar a Ora-pro-nobis, já descobri que não tem praga que detenha essa planta, o mais interessante, era saber que é de cultivo fácil e de baixo custo, mais interessante ainda, era saber que seu cultivo atende agricultores de poucos recursos financeiros para alimentar suas famílias e seus animais. Carinhosamente chamado pelos mineiros de Lobrobo ou Orabrobo, a designação do Gênero desta Cactácea é uma homenagem ao astrônomo e botânico francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc (1580-1637). Aculeata vem do latim e significa espinho ou agulha. . Também é conhecida por rosa-madeira, jumbeba, groselha de barbados, groselha das Américas e guaiapá (nome indígena que significa fruta que tem espinhos) e trepadeira limão. Em alguns países, tem outros nomes: Em Cuba é Ramo de noiva; na Venezuela é Guamacho; no Mexico é Bugambilia branca.
Aqui no Brasil o mais popular é Ora-pro-nobis, nome que foi dado por pessoas que faziam a colheita de uma desconhecida planta no quintal de um padre, enquanto ele balbuciava uma ladainha em latim o seu “ora-pro-nobis”.
Curiosidades a parte, pois muitas histórias são contadas na Cidade de Sabará, a 25 km de Belo Horizonte. No distrito de Pompéu, o ora-pro-nobis ganha espaço na culinária mineira e garante renda para produtores de hortaliças da região, pois foi lá, saboreando um bom “prato cheio” de angú com frango caipira, coberto de certo molho verde, que busquei as maiores informações sobre a Ora-pro-nobis. Um dos locais mais conhecido que visitei é o Alambique JP, que difundi a sua produção de cachaça e tem um restaurante de comidas típicas e mantem ainda, toda a produção hortícola (orgânica) direcionado ao consumo interno do restaurante. Leva-se tanto a sério, que a ora-pro-nobis começa a ser cultivado para fins comerciais e com boa dose de lucratividade, e deixou de ser mera planta de cerca viva, e agora tem o seu próprio festival gastronômico.
Outro local conhecido e o restaurante Moinho D’água, também em Pompeu, que tem como prato principal “marreco com ora-pro-nobis”, receita que ganhou o primeiro concurso gastronômico promovido em Sabará.
Conhecida como a “carne dos pobres, a Ora-pro-nobis, tem o apicultor Nikolaos Argyrios Mitsiotis, como o maior pesquisador e acredita que essa cactacea, “de alto valor econômico e ecológico” (melissografia é a principal), vai ser rapidamente difundida por todo o Brasil e países da América do Sul. Isso porque nasce bem em todas as regiões e é extremamente nutritivo.
De acordo com informes técnicos da Universidade Federal de Viçosa, através do Prof. José Cambraia, a ora-pro-nobis (Pereskia aculeata Mill), “é uma planta cujas folhas podem ser utilizadas não somente na alimentação humana, como também animal, ,pois, além de não possuir nenhum princípio tóxico, é extremamente rico em proteína”.
Essa pesquisa, falaremos no próximo post.
Horta orgânica do Alambique JP
Frutos do Ora-pro-nobis
Toda a adubação do Alambique JP é organica
Sistema de irrigação - Alambique JP
Ora-pro-nobis com frango caipira
Fogão a lenha do JP
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