Logo após formatura em 2007, idealizamos
a criação deste site/blog (hoje chegando a 200 mil acessos) e não imaginávamos
que além da obrigação de postar conteúdos poucos divulgados e de interesse
estudantil, tínhamos também que aprender a interagir com pessoas que nos seus
dia-a-dias, adotam maneiras de comer, cozinhar, construir, transitar e de se
relacionar, pois essa era à base das opiniões e ensinamentos de nossos
professores, pois muitos desses comportamentos não estavam contidos em
legislações comentadas nas disciplinas administradas no Curso de Técnico em
Agropecuária Orgânica do CTUR/UFRRJ, legislações estas que fatalmente teríamos
que aplicar profissionalmente.
Na opinião dos professores (na
época), essa interação nos propiciaria mais conhecimentos, pois nos permitira
entender ações isoladas promovidas por pessoas que adotam a regeneração do
ambiente em que vivem, ao invés de apenas consumi-lo, muitos sem conhecimento
técnico, mas que suas ações resultam de benéficos para uma localidade e isso
nos envolveria no resgate de alguns saberes tradicional. Logicamente, esse discernimento
não poderia vir de imediato por parte dos jovens formados, até porque, estavam
focados para a continuidade de promissoras carreiras. Hoje, alguns deles, são
Mestres e Doutores.
De lá para cá, muitos exemplos deixaram
de ser comentados aqui, que sempre eram desviados por assuntos extraídos de “Nossas
Andanças”, que não eram esquecidos, mas sim, relacionados, entre uma ou outra,
região ou comunidade, como por exemplos, a Quinta da Videira (em Curitiba/PR) e
a comunidade do Pré-assentados “PA 25 de março” (Carapebus/RJ). Comunidades que
utilizam a prática de plantar e cozinhar a própria comida, fazer refeições em família
e com os amigos, dar conta do lixo sem depender de um aterro sanitário. Afinal,
é no mínimo prudente manter essas práticas vivas. Elas são a expressão de nossa
visão de mundo: aprender com a natureza, sagrada e soberana; ao invés de
adaptá-la e adaptando-se.
São comunidades que desenvolvem
iniciativas nas áreas ambiental e social, em busca de estilo de vida equilibrado
e coerente. Mais que isso, são espaços de promoção de práticas regenerativas para o
bem comum. Esse
aprendizado, não tem em livros.
São dessas comunidades que
iremos falar nas próximas postagens.
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